Empresários tem 72 horas para reduzir tarifa de ônibus

gazetaweb //

waldson costa

Com o objetivo de atender a liminar judicial que determina a redução da passagem de ônibus da capital alagoana de R$ 2,30 para R$ 2,10, a Associação de Transporte de Passageiros do Estado de Alagoas (Transpal) terá de fazer a adequação da tarifa em até 72 horas. A associação vem descumprindo a decisão do juiz Ygor Figueirêdo, da 14ª Vara Cível da Capital, publicada no último dia 24 de julho, no Diário de Justiça Eletrônico.

Em entrevista à Rádio Gazetaweb, na manhã desta quarta-feira (1º), após a audiência de conciliação que discute os reajustes de salários dos rodoviários, o representante jurídico dos empresários do setor de transporte público, Fernando Paiva, expôs que entrou com um recurso para anular a multa diária pelo descumprimento, de R$ 100 mil, e para derrubar a liminar que pede a redução da tarifa.

“Os empresários do transporte público vão atender a decisão judicial. Porém, para isso, precisam das 72 horas para fazer a adequação. Neste período, vamos trabalhar para evitar que esta redução ocorra. Caso a passagem baixe para R$ 2,10, haverá um grande problema nas contas da empresas, que agora estão negociando aumento de salário com os trabalhadores”, reforçou Paiva, destacando que a tarifa de ônibus de Maceió estava congelada por 25 meses e que 50% dos custos das empresas já são com gasto de pessoal.

Audiência

Com uma negociação ensaiada, apesar de ainda não conclusa, empresários e trabalhadores que prestam serviço ao sistema de transporte público de Maceió estiveram reunidos, na manhã desta quarta-feira (1), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em mais uma audiência para debate sobre o reajuste salarial dos rodoviários.

Na oportunidade, ficou definido que uma nova reunião entre as duas partes será realizada no dia 13 de agosto. Até lá, os rodoviários se comprometeram a manter 80% da frota de ônibus circulando pela ruas de Maceió, enquanto os empresários acenaram de forma positiva no tocante à concessão dos reajustes: de 7,75% nos salários, de 12,5% nos tickets alimentação, e de 12,5% na ajuda de custo referente ao plano de saúde.