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Mais de 400 desabrigados da enchente de 2010 realizaram um protesto, na manhã desta sexta-feira (13), fechando os dois sentidos da BR-104, em Rio Largo, com pneus queimados e galhos secos de árvores. As famílias reivindicam a entrega de 2.994 casas do Programa de Reconstrução, que estão finalizadas, conforme alegam os manifestantes.
De acordo com a funcionária pública Shirley de Lima Ferreira, o protesto é “válido”, uma vez que foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pela superintendência da Caixa Econômica Federal (CEF), Eletrobras Distribuição Alagoas, Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), além do vice-governador, José Thomaz Nonô, que coordena o Programa de Reconstrução. Entretanto, o prazo de entrega expirou no dia 25 de junho deste ano.
No termo, foi estipulada uma multa para as construtoras no valor de cinco mil reais por dia, mas nada está sendo cumprido. Portanto, resolvemos nos unir e interditar as pistas”, explicou Shirley ao alegar que 238 casas, pertencentes aos conjuntos José Carlos Pieru e Bosque dos Palmares foram entregues a famílias que se encontravam em barracos de lona. “Ontem, participamos de uma reunião em que a Caixa afirmou não ter prazo nenhum para a entrega das casas”, reforçou a funcionária pública.
O protesto causou um longo engarrafamento, o qual foi controlado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Militares do 8º Batalhão e do Centro de Gerenciamento de Crises também se deslocaram à região, para negociar com os populares, e o Corpo de Bombeiros (CB), para apagar as chamas.