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07/07/2012 22:29:03

Famílias de desabrigados da cheia de 2010 invadem conjunto residencial na periferia de União

Famílias de desabrigados da cheia de 2010 invadem conjunto residencial na periferia de União
Casas foram ocupadas pelo povo

Pelo menos 300 casas prontas que estavam desabitadas no Conjunto Residencial Newton Pereira Gonçalves na periferia de União dos Palmares foram invadidas na manhã deste sábado (07/07) por pessoas que se dizem desabrigadas da cheia de junho de 2010 que, impacientes com a demora na entrega das suas novas residências (não foram inclusas no primeiro lote de 270 moradias distribuídos entre os desabrigados que estavam alojados em barracas de lona e que já ocupam  suas casas recém construídas no mesmo conjunto).

Policiais do 2º BPM que estavam no local se limitaram a observar o movimento e evidentemente evitar atos de vandalismo. Ninguém foi preso tanto pela presença da policia como pelo fato do movimento ser pacifico. ‘Estamos buscando o que nos pertence’ disse uma moradora da antiga Rua do Jatobá dizimada na cheia de 2010, que alegou haver perdido tudo que tinha a exceção de algumas roupas e de documentos.

Embora muitos ‘invasores’ fossem provocados para falar sobre aquém liderou o movimento, ninguém nada falou a respeito. Algumas pessoas discretamente infiltradas na multidão, mas sabidamente ligadas ao prefeito do município Dr. Areski Freitas também nada comentaram embora predomine o argumento no local que a morosidade na entrega das moradias seria uma estratégia política. ‘As casas estavam sem ser entregues porque os políticos queriam fazê-lo nas vésperas da eleição de outubro’ disse uma domestica mãe de quatro filhos menores cujo marido está desempregado e a família não tem onde morar.

Nenhuma autoridade foi encontrada no local, porém um oficial da PM disse à reportagem que aguarda a chegada da Secretária de Ação Social do Município dona Lidia Campos e do pessoal do Gerenciamento de Crises da PM para uma negociação, embora já estejam tanto a policia como as autoridades conscientizados na dificuldade que irão encontrar para a desocupação das casas ‘invadidas’.

antonio aragão //

 

 


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