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Saúde
04/07/2012 19:34:25

Perto de atingir meta, Alagoas apela pais para vacinar filhos contra pólio

Perto de atingir meta, Alagoas apela pais para vacinar filhos contra pólio
Ilustração

gazetaweb //

janaina ribeiro

 

Alagoas está perto de conseguir atingir a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de vacinar 95% das crianças menores de cinco anos de idade contra o vírus da poliomielite. A campanha já termina na próxima sexta-feira (07) e, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, os números já chegam a 88% de cobertura vacinal. Entretanto, o órgão faz um alerta aos pais que ainda não compareceram e avisam que, agora em 2012, não haverá uma segunda etapa para a imunização. Portanto, a garotada precisa comparecer aos postos de saúde.

Em Maceió, a campanha tem conseguido atrair os pais e já ultrapassou a meta para as crianças menores de um ano, chegando a mais de 97% de bebês vacinados. São 64 salas de vacinas espalhadas em todos os bairros da cidade. No interior, são outros 712 postos.

“88,07% das crianças menores de cinco anos foram vacinadas e precisamos chegar a 95%. Estamos confiantes que vamos atigir a meta, todavia, sabemos que muitas famílias se confiam na segunda etapa da campanha para vacinar seus filhos. Então, fazemos um apelo para que os pais procurem os postos o mais rapidamente possível até sexta. Não haverá, este ano, outra campanha”, alertou Denise Castro, gerente estadual do Programa de Imunizações da Sesau.

Se conseguir alcançar a meta, serão 2654 mil crianças imunizadas em Alagoas.

Municípios atrasados

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, a cobertura vacinal é maior na capital e nas cidades de maior porte no Estado. No Sertão, alguns municípios ainda estão dificuldade de chegar perto da meta. Em Major Izidoro, por exemplo, os números representam apenas 68%.

Na Grande Maceió, Rio Largo apresenta cobetura menor: 79%. No Litoral Norte, Passo de Camaragibi também está abaixo da meta, com 77% das crianças imunizadas. No Litoral Sul, Jequiá da Praia precisa melhorar a campanha. Registrou apenas 71%.

Meta para o Brasil

A meta do governo federal é vacinar 14,6 milhões de crianças em todo o Brasil, o que representa 95% dos menores de 5 anos.

A vacinação contra a poliomielite ou paralisia infantil é promovida todos os anos e, normalmente, acontece em duas etapas. Este ano de 2012, esse segundo momento não acontecerá. Em todo o país, a imunização contará com 115 mil postos. Em Maceió, todos os postos de saúde foram preparados para receber a criançada. Segundo dados do Programa Nacional de Imunização (PNI) de Maceió, foram ofertadas mais de 85 mil doses da vacina.

Vacinação é disponibilizada pelo MS

A imunização contra a paralisia infantil é administrada via oral, com apenas duas gotinhas e é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante todo o ano. Ainda assim, o Ministério alerta que todas as crianças menores de 5 anos tomem as duas doses da vacina durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

A vacina contra a poliomielite é trivalente, induz boa imunidade intestinal e humoral, confere proteção contra os três soropotipos do poliovírus I, II e III e tem eficácia em torno de 90% a 95% em uma dose administrada.

Certificação sem pólio

Há 23 anos o Brasil não registra um só caso de paralisia infantil. O último foi descoberto em 1989, no município de Souza, no estado da Paraíba. Desde então, o Ministério da Saúde tem intensificado as campanhas de vacinação contra a doença e conseguiu erradicar a enfermidade em todo o território nacional. E, por isso, em 1994, o país recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de eliminação da poliomielite. Entretanto, a pasta alega que, enquanto houver circulação do vírus em qualquer região do mundo, faz-se necessário continuar com a vacinação. O poliovírus ainda é presente em 26 países, sendo quatro desses endêmicos (Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão). A vigilância epidemiológica ativa do MS sempre estabelece meta de coberturas vacinais de 95%.

A doença

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave, causada e transmitida por um vírus (o poliovírus). A contaminação se dá principalmente por via oral. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores.