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ascom TJ-Al
O Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) decidiu, por unanimidade, transferir para Maceió o julgamento dos PMs Luiz Carlos Santos e Fábio Borges, dois dos acusados de integrar a organização criminosa conhecida como Ninjas de União dos Palmares – grupo de extermínio apontado como autor de vários homicídios na cidade. A decisão foi tomada durante a sessão desta terça-feira (3).
Para o relator do processo, desembargador José Carlos Malta Marques, a existência de dúvidas sobre a imparcialidade do júri popular em União dos Palmares justifica a transferência. A grande repercussão dos crimes poderia influenciar o júri contra os acusados.
Ainda segundo o relator, baseado em informações fornecidas pelo juízo da Comarca de União dos Palmares, os acusados têm parentesco com políticos influentes da região, o que poderia comprometer a imparcialidade dos jurados devido ao clima de insegurança em torno da comunidade.
Luiz Carlos e Fábio são acusados de participar do grupo, formado principalmente por policiais militares, que é apontado como responsável pela morte de diversos jovens envolvidos em crimes. Denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pronunciados como réus pela Justiça, os acusados aguardam julgamento.
“A grande repercussão do caso naquela comunidade também pode influenciar o Júri em desfavor dos acusados. Reconhece-se, portanto, a existência de uma situação que justifica a medida excepcional do desaforamento”, finalizou o relator.
O desaforamento havia sido solicitado pelo MPE. No ano passado, a Justiça decidiu transferir para Maceió o júri de outros três militares acusados de integrar o grupo. Sandro Jorge da Silva, Jailson Vicente de Mello e José Lenildo de Souza e Silva foram acusados pelo assassinato de Ismael Dantas Lima, ocorrido há seis anos, em União.
