Família de professor diz que suspeito de crime foi reconhecido

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janaina ribeiro

Há quase quatro meses parentes e colegas de profissão do professor universitário José Luz Neiva, assassinado por estrangulamento dentro de um motel na parte na alta da cidade, cobram o esclarecimento do crime. Para a família, o assassinato – que teve grande repercussão – foi premeditado e o suspeito reconhecido.

O filho da vítima, o advogado Igor Pablo Neiva, acredita que o professor foi dopado pelo criminoso. “Não existia indícios de briga ou qualquer outra coisa. Tudo indica que foi crime por encomenda, premeditado. A família quer justiça e que o caso não fique parado. Na delegacia não há estrutura nenhuma para investigar, falta pessoal”, declarou o advogado.

Por conta própria a família conseguiu informações que podem ajudar a esclarecer o assassinato. No computador da vítima a fotografia de um estranho chamou a atenção. De posse da imagem, Igor Pablo levou ao motel onde o corpo do seu pai foi encontrado e o homem da foto acabou sendo reconhecido por funcionários do estabelecimento como pessoa que entrou no local com a vítima.

“Então a autoria material já foi identificada, mas mesmo assim as investigações não avançam. Além do pessoal do motel, um taxista reconheceu”, contou o filho da vítima. Mesmo com indícios sobre o suspeito do homicídio o caso continua sem elucidação.

Colegas de José Luz Neiva, do Sindicato dos Professores da Rede Particular, o filho e a irmã da vítima, a contadora Meirelande Neiva, estiveram nesta terça-feira no estúdio da Rádio Gazetaweb onde concederam entrevista sobre o drama de não verem o responsável pelo crime atrás das grades. “Nunca soube que ele tenha discutido ou problema com alguém. Não tinha inimizades. Temos receio que o crime fique impune”, declarou Olavo Lins, do sindicato dos professores e amigo de José Luz.

Para saber, novamente, sobre o andamento das investigações é que na quinta-feira (dia 5) sindicalistas voltam ao 5º Distrito Policial (DP) para saber novidades sobre o caso.

A Gazetaweb fez contato com o delegado Gilson Rêgo que investigou o assassinato. Ele informou que nesta quarta-feira estará passando o inquérito para o novo delegado do 5º DP, Arnaldo Soares de Carvalho.

“Por conta da mudança na cúpula houve uma pausa nesse caso, mas continua em andamento”, disse, sem querer entrar em detalhes sobre as investigações. Escolhido pelo delegado-geral da Polícia Civil Paulo Cerqueira, Rêgo será titular de Homicídios, no lugar de Sheila Carvalho. José Luz foi assassinado em março deste ano.