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severino carvalho
Com o auxílio dos braços fortes da Polícia Federal (PF), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) em Alagoas arremessou uma malha fina sobre os pedidos de concessão do seguro defeso aos sinais de irregularidades que já boiavam no remanso formado há anos pela ausência de rigor na fiscalização. Ao puxar a rede, saltaram aos olhos indícios graúdos de fraude e discrepâncias que já levaram ao indeferimento de mais de 5 mil pedidos para o recebimento do benefício, segundo números da Federação dos Pescadores do Estado de Alagoas (Fepeal).
Do ano passado para cá, as investigações conduzidas pela PF a pedido da SRTE já evitaram um prejuízo de aproximadamente R$ 10 milhões aos cofres públicos federais, só em Maragogi, ao impedir que supostos pescadores recebessem indevidamente o benefício. Embora o caso mais gritante tenha sido verificado em Maragogi, o superintendente regional do MTE em Alagoas, Heth César, revelou que há indícios de irregularidades em diversas outras colônias de pesca espalhadas pelo Estado, que vêm sendo investigadas desde 2008 pela PF.