Após a decisão dos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, na noite desta terça-feira (12), que determinou a soltura dos vereadores de Rio Largo, os acusados devem ser soltos a qualquer momento, nesta quarta-feira (13).
Segundo o advogado Henrique Mousinho, que defende alguns dos acusados envolvidos no suposto esquema de venda irregular de um terreno em Rio Largo, resta apenas a confecção do alvará de soltura, para que seus clientes saiam da cadeia.
"Eu estou saindo agora do meu escritório para ir ao Tribunal de Justiça, para tentar conseguir o alvará de soltura. Assim faremos cumprir a determinação judicial, para que meus clientes sejam soltos ainda esta manhã", disse Henrique Mousinho.
Após 25 dias presos os cinco vereadores de Rio Largo (Aurízio Esperidião da Hora, Cícero Inácio, Jefferson Alexandre Cavalcante, Ionaide Cardoso Martins e Milton José Pontes Filho) e mais o suplente Nilton da Farmácia, estarão soltos a qualquer instante. Também fica fora da cadeia o empresário Jorge Octaviano Ferreira Dubeux, diretor da Usina Leão (S/A Leão Irmãos Açúcar e Álcool) e o engenheiro Osair Tavares Silva Júnior.
Os envolvidos no processo estão sendo custodiados no módulo especial do Presídio de Segurança Média Baldomero Cavalcanti, no Sistema Prisional de Maceió, no bairro da Cidade Universitária.
Já o prefeito Toninho Lins, acusado pelo Ministério Público (MP) de comandar o esquema de corrupção, continuará preso na Academia da Polícia Militar.
O caso
No dia 17 de Maio, uma operação realizada em conjunto pela Força Nacional e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar e Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público cumpriu 17 mandados de prisão emitidos pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital.
De acordo com a denúncia do Gecoc, o esquema de corrupção envolveria a compra e venda de terreno que pertencia a uma usina e funcionaria da seguinte forma: a área, de 252 hectares , que tinha valor venal de R$ 25 milhões, era de interesse de um grupo de empresários.
No dia da operação foram presos sete vereadores, dois foram soltos no dia seguinte, e dois permanecem foragidos. Já o prefeito Toninho Linho se apresentou espontaneamente à Justiça no último dia 22 e está detido na Academia da PM.
Os envolvidos devem responder por apropriação de bens ou renda pública em proveito próprio ou alheio, alienação de bem público, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
mais.al(ojornal-al)
renato buarque