Após a decisão da direção da Usina Lajinha em dar férias coletivas aos funcionários da indústria e do campo, dezenas de trabalhadores interditaram na manhã desta segunda feira (11) o quilometro 38 da BR-104 na principal via de acesso ao parque fabril e a própria BR proporcionando revolta aos usuários da rodovia e impedindo o transito de médicos que viriam trabalhar no plantão dos Hospitais São Vicente de Paulo e Hospital Geral de União, estudantes que se deslocariam a Maceió e o povo em geral que usou o artifício de atravessar o bloqueio e apanhar o transporte no outro lado, tanto com destino a Maceió como as cidades da própria União dos Palmares, São José da Laje, Ibateguara, Colônia Leopoldina e Canastra além do estado de Pernambuco.
A partir do local da manifestação se formam enormes filas nos dois principalmente de ônibus e caminhões alguns com cargas perecíveis. Como sempre acontece em eventos semelhantes, fortes discussões entre motoristas e os trabalhadores, principalmente os condutores de enfermos e pessoas que têm consultas e exames médicos marcados em Maceió com data de hoje já foram amenizadas pelos policiais.
Já se encontram no local uma equipe da PRF e a equipe 'Alfa' do PELOPES além de uma guarnição da RP do 2º BPM sediado em União dos Palmares. Foram apreendias algumas foices e enxadas de pessoas mais exaltadas.
Pedindo para ter as identidades preservadas, lideres do movimento disseram que reinvidicam o pagamento atrasado (90) dias para a indústria e (60) para a o campo, além de solicitar a imprensa fosse divulgado um apelo no sentido de sensibilizar os credores dos trabalhadores no comércio de União dos Palmares.
Outra reinvidicação feita pelos operários além do pagamento é o retorno imediato ao trabalho, pois existe a preparação da safra prevista para setembro e a limpeza da indústria e solicitam o pagamento das férias coletivas, pois alguns deles temem não retornar as atividades. A mesma informação dá conta de existem cerca de 800 trabalhadores do campo e 150 da indústria com salários atrasados. A pista segundo os manifestantes, somente será liberada com o pagamento. ‘Estamos cansados de negociações enganosas’ disse um operário.
antonio aragão //