Ficaram suspensas, na manhã deste sábado (02), as visitas no sistema prisional de Alagoas. Os agentes penitenciários de Maceió e de Arapiraca decidiram protestar pela prisão de um colega acusado de participar de um homicídio, ocorrido em 2009, dentro de uma lotação no bairro de Chã da Jaqueira, na capital. A categoria não aceita que o servidor fique recolhido junto com outros reeducandos, como teria sido determinado pela Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP).
O clima nos presídios é de tumulto desde o início da manhã. Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas, Jarbas de Souza, há uma grande quantidade de parentes aguardando o instante das visitas. Entretanto, conforme ele garantiu, o procedimento não será liberado neste sábado nas unidades. A situação somente poderá ser revertida se houver a transferência do agente Anderson de Oliveira para uma prisão especial, longe dos demais presos.
“O Anderson foi preso ontem à noite por um crime que aconteceu há três anos. Ele estava dentro da lotação, mataram um rapaz e ele também foi atingido. Agora, o delegado pediu a prisão dele por envolvimento neste crime. Não estamos contestando a prisão, mas a determinação da superintendência de mandá-lo ficar junto com os outros presos. Isso não existe. Ele corre risco em ficar com os reeducandos”, comentou Jarbas de Souza.
De acordo com o sindicalista, o sistema prisional de Alagoas tem celas suficientes para isolar o agente. “Pela lei, o servidor da carceragem deve ter o direito a uma prisão diferenciada, já que não pode ficar recolhido com os demais presos. Por causa desta medida tomada pela SGAP, a categoria se revoltou e não vai permitir as visitações neste sábado”, afirmou.
A orientação é para que os familiares não passem pela revista e não tenham acesso aos reeducandos. A mesma atitude está sendo tomada na penitenciária de Arapiraca.
A assessoria da SGAP informou que apenas foi cumprida a determinação do juiz da Vara de Execuções Penais, José Braga Neto, de recolher o agente numa cela destinada a policiais.
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thiago gomes