O vigilante Josemilton Pimentel da Costa, de 57 anos, foi encontrado morto na manhã deste sábado (2), dentro da Escola Estadual Jarsen Costa, localizada no conjunto Claudionor Sampaio, no bairro do Jacintinho.
O corpo foi encontrado pelo outro vigilante da unidade de ensino, Ricardo Nascimento Mota, que chegava para trabalhar, por volta de 7h40. "Abri o portal de fora da escola e, quando entrei, vi o corpo. Fui logo avisar a polícia. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer nesta escola", relatou.
O crime foi registrado próximo ao Batalhão de Eventos (BPE), que encaminhou uma equipe ao local. Quando os policiais chegaram encontraram a grade de acesso ao prédio arrombada e o corpo no chão. O vigilante estava de costas, com um fio enrolado no percoço. O corpo foi achado com alguns hematomas.
Segundo o soldado Cláudio Fonseca, há indícios que os criminosos pularam o muro da escola e depois arrombaram a grade. "Aparentemente nada foi levado da escola. Só algumas pastas foram encontradas espalhadas pelo chão, o que pode indicar que houve luta corporal", disse.
O delegado Nivaldo Aleixo, que está de plantão na Central de Polícia, esteve no local e fez os primeiros levantamentos do crime. Segundo ele, os indícios apontam que Josemilton foi morto por dois homens e que teve o pescoço enrolado com um fio que pode ser de rádio ou computador.
Aleixo disse que a polícia investiga a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), porque a vítima havia recebido o salário no dia anterior, mas isso só poderá ser comprovado durante as investigações, que ficarão sob a responsabilidade do delegado Waldor Coimbra. "O fato de não ter sido levado nada da escola e a informação que a vítima havia recebido o salário ontem levanta essa suspeita, mas que não pode ser confirmada neste momento", expôs.
Familiares de Josenilton e funcionários da escola se dirigiram para o local. Emocionado, o irmão da vítima, Amaro Pimentel, disse que todos na família estão revoltados com o que aconteceu. "Meu irmão era um pai de família pacato que vivia de casa para a igreja evangélica que frenquentava. Ele nunca falou de nenhum problema que possa ter acontecido na escola em todo o tempo que trabalhou de vigilante", lamentou.
A diretora da unidade de ensino, Hérbia Barros, contou que Josemilton trabalhava há mais de 10 anos na escola e que nunca havia comentado sobre alguma possível ameaça ou desavença. Ela disse que o prédio está em reforma desde janeiro deste ano e as aulas suspensas. "É uma situação muito triste para a escola e toda a comunidade que conhecia o vigilante. Ele morava bem perto desta rua e era muito querido por todos", disse.
mais.al(ojornal-al)
carolina sanches