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31/05/2012 11:54:46

MST desocupa Praça Sinimbu após um ano e cinco meses

MST desocupa Praça Sinimbu após um ano e cinco meses
Sem Terra deixam a Praça Sinimbu

A bandeira do Movimento Sem Terra (MST), que há 1 ano e cinco meses estava hasteada em frente à estátua do Visconde de Sinimbú, na praça batizada com seu nome, no centro de Maceió, foi retirada na manhã desta quinta-feira (31). Em cumprimento ao pedido de reintegração de posse feito pela Prefeitura, na última semana, o juiz da 14ª Vara Cível da Fazenda Municipal da Capital, Antônio Dória, determinou a tranferência das 27 famílias lá instaladas para um terreno no município de Branquinha.

Mesmo contrários à desapropriação do espaço público, os trabalhadores rurais não apresentaram resistência. A ação, comandada pelo coronel Robson, do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, contou com o apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A superintendente do órgão, Lenilda Lima, revelou que esta é uma ação de caráter transitório. “Estas familias terão prioridade na retomada de lotes e n aquisição de terras”, garantiu ela, acrescentando que, em todo o Estado, mais de 70 famílias aguardam a definição de locais para assentamentos.

A mudança estava inicialmente marcada para a última terça-feira (29), mas os agricultores pediram uma prazo maior, adiado para esta quinta. “Fomos coagidos a aceitar, com a promessa de que depois seremos remanejados para uma fazenda”, disse uma das trabalhadoras sem terra, Quitéria Paulino Barbosa.

Quitéria afirmou ainda que não quer sair porque o novo local tem apenas quatro equitares e que, por isso, não comportaria todas as famílias. Segundo ela, a falta de casas de alvenaria e com água potável é outro agravante. “É apenas terra. Teremos que voltar a levantar barracas de lona”, argumentou.

A Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), em parceria com a Superintendência de Transportes e Trânsito (SMTT) e a Ouvidoria Agrária, realizam a desocupação dos trabalhadores, contando ainda com o auxílio de policiais militares.

A previsão é a de que todos os trabalhadores deixem a área até o início da noite.

 

gazetaweb //

joão victor acioli e jobinson barros