Para a Polícia Civil (PC) não resta dúvida: o assassinato das duas adolescentes de Coruripe foi cometido por um psicopata. Um dos diretores da PC, delegado Maurício Henrique Duarte, informou à Gazetaweb que o duplo homicídio tem características fortes que levam a crer que os matadores podem ter histórico de violência e devem morar próximo às vítimas, na mesma cidade.
“Quem fez isso foi um psicopata. O crime é do mesmo jeito do outro das duas adolescentes”, declarou o diretor de Polícia Judiciária, referindo-se a ligação entre ao desaparecimento e assassinato de Eduarda dos Santos e Cinthia da Silva Santos, ocorrido este mês, e das irmãs Cícera Beatriz e Samara dos Santos, no ano passado.
A Polícia Civil aposta nas provas técnicas para desvendar o crime que chocou Alagoas. Duas pessoas foram presas, Darlan dos Santos e Rafhael Lima, mas apenas o último continua preso. “Temos vários depoimentos. Têm testemunhas que acusam e outras que inocentam. O que vai dar a palavra final é a prova técnica, por isso é tão importante a quebra de sigilo telefônico das vítimas e dos suspeitos”, acrescentou Duarte.
Quem matou as garotas quebrou o aparelho celular de uma delas e levou o chip, mas a PC aposta quer será possível resgatar contatos que possam ajudar nas investigações. “Acredito que nos próximos dez dias estaremos de posse dessa quebra de sigilo. Isso é demorado mesmo, mas estou esperançoso que isso vá ajudar a elucidar o crime”, disse Maurício Duarte.
Nesta segunda-feira, delegados que compõem a comissão formada para investigar o assassinato das duas adolescentes se reuniu - na Delegacia Geral da PC - e traçou o andamento das apurações sobre o caso.
Para a Polícia Civil, Rafhael continua sendo o principal suspeito de envolvimento no duplo homicídio. Ele supostamente teria – segundo informação de policiais civis de Coruripe – estuprado uma adolescente de 13 anos há cinco anos. “O padrasto do suspeito também teria abusado da irmã de Rafhael. Existe um histórico desses casos na família dele. Esperamos depoimentos que possam esclarecer o caso”, reforçou um policial civil.
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regina carvalho