Em greve por tempo indeterminado, os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realizam, na manhã desta quinta-feira (17), uma manifestação à porta de entrada do campus A. C. Simões, no Tabuleiro do Martins, em Maceió, reunindo-se em assembleia no auditório Professor Nabuco Lopes, no mesmo campus.
Os professores analisam o andamento das negociações da reunião – ocorrida na última terça-feira (15) – do grupo de trabalho concebido para avaliar a carreira do corpo docente da instituição de ensino.
Após o encontro, os professores irão oficializar o comando local de greve, elaborando uma agenda do movimento paredista. Segundo o presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), professor Antônio Passos, a idéia é ocupar os campi da universidade durante todo o período de paralisação, desenvolvendo manifestações político-culturais.
Para a professora e diretora da Adufal Cida Batista de Oliveira, a greve tem um papel fundamental para a categoria, dada a importância das reivindicações no tocante à reestruturação da carreira dos docentes, em busca de salários justos e da defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.
“Estamos cansados de esperar. Lutamos pela unificação da carreira desde a década de 90. O que o governo apresenta não satisfaz o conjunto de nossas cobranças”, reclama a dirigente, acrescentando que, salvo algumas pequenas modificações, o governo tem apresentado os mesmos argumentos postos desde 2010.
De acordo com a professora, há, entre os companheiros docentes, um sentimento de frustração, tanto em relação às rodadas de negociação, como no que diz respeito à Medida Provisória assinada na segunda-feira (14) pela presidenta Dilma Roussef, uma vez que o documento inclui itens que não foram debatidos com a categoria, como a questão da insalubridade – ‘que não contempla sequer o valor que vem sendo pago atualmente’.
Constituído em 2011, durante o processo de negociação com o governo, o grupo de trabalho também formado por professores da Ufal foi instituído por representantes das diversas entidades de educação superior, como o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN), a Federação dos Sindicatos das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), contando ainda com a contribuição de representantes dos ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
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