Familiares do reeducando Elvis Gonçalves Lima, 21, encontrado morto, enforcado, em uma das celas do módulo C, do presídio de Arapiraca, Agreste de Alagoas, não aceitam que o preso tenha praticado suicídio.
O corpo de Elvis foi localizado na manhã desta segunda-feira (14) quando agentes penitenciários faziam a contagem dos presos.
No Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, para onde o corpo foi levado, alguns parentes chamavam a atenção para o fato de a vítima viver na cela com outros dois reeducandos, os quais não teriam visto o momento que Elvis praticou o suicídio.
A vítima cumpria pena por tráfico de drogas e segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Jarbas Souza, a versão de suicídio foi divulgada de forma antecipada.
“Não deveriam informar o motivo sem terem antes o resultado da perícia. A história tá muito confusa e particularmente, não acredito que esse rapaz tenha praticado suicídio. Esta morte pode ser mais um caso de assassinato dentro de presídios de Alagoas. Cabe agora a Polícia identifcar os motivos e quem matou”, revelou Jarbas.
Elvis Gonçalves teria usado o próprio lençol. Ele amarrou o lençol à grade da cela para se enforcar.
Após a declaração do presidente do Sindicato, a assessoria de comunicação da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap) admitiu a precipitação da informação.
“O material usado para enforcamento estava perto do chão e levantou suspeita. Mas só a perícia vai dizer o que aconteceu”, informou a assessoria.
O corpo do reeducando foi encontrado por agentes penitenciários, minutos após a abertura das celas. A polícia vai investigar se Elvis foi assassinado ou se praticou suicídio.
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