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Municípios
17/04/2012 16:09:44

Após bloquear rodovias, Sem Terra destroem canaviais no interior

Após bloquear rodovias, Sem Terra destroem canaviais no interior
Ilustração

Trabalhadores rurais de movimentos Sem Terra fizeram uma mobilização em Alagoas durante esta terça-feira (17), quando completa 16 anos no Massacre do Carajás. Eles interditaram 16 rodovias nos municípios de Maragogi, Flexeiras, Matriz do Camaragibe, Joaquim Gomes, União dos Palmares, Murici, Atalaia, Arapiraca, Piranhas, Porto Calvo, Junqueiro, Olho d'água das Flores e duas áreas em Delmiro Gouveia.

 

No final da manhã, os manifestantes deram início a retiradas massivas de cana de açúcar às margens da BR-101 e BR-104, nas cidades de Messias e Murici, a aproximadamente 50 km de Maceió. Eles afirmam que o plantio é realizado de forma ilegal por usinas e seus arrendatários. No lugar da cana, os militantes plantam milho e feijão.

 

As lideranças dos movimentos sociais que participam dos protestos de hoje em Alagoas dizem que a ação é um alerta para que outros plantadores não se utilizem ilegalmente de áreas de domínio da União, que cobrem 30 metros para os dois lados a partir da rodovia, segundo eles.

Com facões e foices em punho, os militantes redesenham à mão a margem das rodovias.

 

Estradas bloqueadas

 

Mais cedo, as organizações do campo se somaram a um piquete nacional que parou por 21 minutos estradas de todo país. Em Alagoas, foram 16 pontos interrompidos em “protesto a violência no campo e contra a paralisia que sofre a política agrária”, segundo as lideranças.

Desde as primeiras horas da manhã, muitas pessoas já começaram a enfrentar dificuldades para transitar pelas estradas ocupadas pelos manifestantes. Em Matriz do Camaragibe e Atalaia, muitos carros foram impedidos de passar pelo bloqueio dos trabalhadores.

 

Camponeses ligados aos movimentos rurais da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), integrantes da Jornada Nacional de Lutas, fizeram o ato de protesto para lembrar o dia 17 de abril de 1996, quando o Massacre de Eldorado dos Carajás foi o cenário da morte de 21 pessoas. Eles cobram o julgamento do caso.


 

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ascom