Casas populares que foram entregues a desabrigados em Alagoas podem estar sendo vendidas ilegalmente

Um denuncia com pedido de anonimato chegou no inicio da tarde desta segunda feira (16) a editoria deste portal informando da possibilidade de alguns moradores do Bairro Newton Pereira Gonçalves recentemente habitado pelas 276 famílias que estavam abrigadas em barracas da Defesa Civil desde junho de 2010 estar vendendo suas moradias ao preço de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para as casas das ruas principais do conjunto habitacional variando até R$ 4.000,00 (quatro mil reais) para as residências mais afastadas.

A denuncia dá conta que “quando não são vendidos, os imóveis são trocados por armas, cavalos, carroças, carros, burros e gado cumprindo desta forma uma velha cultura do povo de União dos Palmares que sempre que foram agraciados com moradias distantes do Rio Mundaú após as enchentes, as venderam a retornaram para o local de origem, a exemplo das COHAB I e II, Bairros de Fátima, Kennedy, Sagrada Família e outros tantos que logo tomam feição de favelas, quando eles mesmo que ganharam as casas se acomodam nos barracos dos chamados loteamentos dos sem-teto”.

O cidadão denunciante que teme represálias acrescentou ser do seu conhecimento que fato idêntico (comércio ilegal das casas construídas para os desabrigados) está ocorrendo em Rio Largo, Murici, Branquinha, Rocha Cavalcanti (cujas casas ainda não foram entregues, mas que por antecipação já estão sendo vendidas ou trocadas), São José da Laje e demais cidades alagoanas atingidas pela tragédia de 2010.

‘Porém, não sei União, mas nas outras cidades, já existe uma rigorosa investigação da Policia Federal, e acredito, se a informação for verdadeira, os que comparem as casas serão obrigados a devolvê-las inclusive perdendo o dinheiro já pago, e indiciados por apropriação ilegal e os que venderem perderão as suas novas moradias que serão entregues a outros proprietários também carentes e inscritos no Programa Habitacional do governo federal’.

Nenhuma autoridade do município foi encontrada para argumentar com a reportagem sobre a veracidade da denuncia.

antonio aragão //