O capitão da Marinha Mercante Brasileira e filho natural de União dos Palmares nascido na Rua Costa Rego, filho de um comerciante e uma professora (seu Osmário e dona Zezé, já falecidos) Osvaldo Souza Sarmento de 59 anos de idade, casado, residente em Maceió – Alagoas visitou na manhã desta segunda feira (16) sua terra natal em busca de documentos e também para rever amigos.
Capitão Osvaldo divide o comando do navio ‘Piraí’ da Transpreto (subsidiária da Petrobrás) com outro capitão, e disse que conhece quase todo mundo. Falou de suas aventuras e um pouco sobre a China e os Estados Unidos. Também contou que já enfrentou várias tempestades e em uma dessas antes de ingressar na Transpreto, o navio que comandava balançou muito, perdendo uma carga de carros novos para exportação.
Meu pai (que foi proprietário do atual Bar do Paulista no centro da cidade) não queria que eu fosse marinheiro. Na época que completei o segundo grau, já morando em Maceió, apareceu à oportunidade na Marinha. Foi difícil convencer meu pai sobre a diferença entre Martinha Mercante e Marinha de Guerra, mas finalmente ele aceitou. Na segunda viagem que fiz ao redor do mundo, ao chegar, ele havia falecido contou o capitão do mar.
O capitão Osvaldo Sarmento tem quatro filhos. ‘A saudade dos filhos e da família é uma constante em todo marinheiro, porém, os perigos que o mar oferece ou pode oferecer nos distrai todo tempo da viagem afugentando a saudade, embora navegando por águas calmas a melancolia e a vontade de conhecer novos lugares alenta a alma. Graças a Deus minha embarcação nunca se envolveu em acidentes ou foi vitima de piratas’ disse o marinheiro.
Sobre se aposentar, Osvaldo disse ainda não haver pensado no assunto, porém, se mostrou contrário a Associação Atlética Palmarina haver sido leiloada. “A geração anterior, responsável pela atual viveu grandes e inesquecíveis momentos na velha palmarina. O que fizeram com ela foi uma maldade” comentou Osvaldo que ainda teve tempo de rever a casa onde nasceu e viveu sua infância e parte de sua juventude.
antonio aragão //