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Brasil
14/04/2012 22:59:22

Canibal de Garanhuns diz que obedecia ordens de “arcanjos e querubins”

Canibal de Garanhuns diz que obedecia ordens de “arcanjos e querubins”
Jorge diz que obedecia arcanjos e querubins

Jorge Beltrão Nascimento, o pernambucano que confessou ter matado, esquartejado e comido algumas mulheres em Garanhuns, confessou a uma equipe de reportagem do portal NE10 que as vítimas do ritual macabro que fazia junto com sua família eras escolhidas com ajuda de arcanjos e querubins, que o acompanham desde a infância.

 

“Eu entregava as vítimas a Deus. Estava cumprindo uma missão”, afirmou Jorge diante as câmeras da reportagem, dizendo ainda que matava as mulheres e depois comia a carne dos seus corpos num processo que definido por ele como de “completa purificação”.

 

Jorge chegou a dizer que estava arrependido do que havia feito, porque agora percebia que só Deus poderia matar. Mas logo a seguir explica que “cumpria uma missão de Deus” e que “os anjos vingadores foram mal entendidos”.O homem acusado da prática de canibalismo contou que escolhia as mulheres que mataria por uma combinação aleatória de números, a partir do documento delas. O resultado deveria sempre dar no número da besta (666).

 

Segundo ele, nunca houve tortura, nem gritarias. As vítimas eram escolhidas e, quando chegavam a sua casa, apenas conversavam com sua companheira, Isabel Cristina. Depois que ganhava a confiança das mulheres, ele aparecia e as matava. “Nunca houve gritos. Elas choravam, mas explicávamos que elas estavam perdoadas. Elas morriam perdoadas”, disse.

 

Isabel Cristina, entretanto, nega participação nos assassinatos das vítimas. A companheira de Jorge alegou que dormia na casa de uma irmã durante os rituais de assassinato. “Ficava olhando de longe quando elas chegavam. Não participava. Quando chegava em casa no outro dia, tudo já estava pronto”, contou.

 

Jorge Negromonte chegou a registrar todos os passos do ritual macabro de assassinato, esquartejamento e canibalismo num livro. Em vários capítulos, ele discorre passo a passo da barbárie cometida ao lado da esposa Isabel Cristina e da amante Jéssica Camila.

Jéssica, amante de Jorge, foi uma das vítimas, numa das suas “missões” de purificação.

 

Leia um dos trechos do livro de Jorge:

 

“Vejo aquele corpo no chão, Jéssica desconfia que ainda se encontra com vida, pego uma corda, faço uma forca e coloco no pescoço do corpo, puxo para o banheiro e ligo o chuveiro para todo o sangue escorrer pelo ralo.

 

Ao olhar para o corpo já sem vida da adolescente do mal, sinto um alívio. Pego uma lamina e começo a retirar toda a sua pele, e logo depois à divido.

 

Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos com a carne do mal, como se fosse um ritual de purificação, e o resto eu enterro no nosso quintal, cada parte em um lugar diferente”.

 

Criança era obrigada a comer carne humana

 

Neste cenário de filme de terror, uma menina de apenas cinco anos, acompanhava todos os passos do ritual demoníaco.

 

A criança é hoje peça-chave e novo alvo das investigações da polícia. Jorge afirma que a menina é sua filha, fruto do relacionamento que teve com Jéssica. Mas a polícia investiga mesmo se a menina é filha do canibal.

 

Durante a entrevista que concedeu em ÇPernambuco, o acusado de canibalismo, contou que muitas vezes a menina chegou a presenciar o ritual de assassinato e o esquartejamento das vítimas. "Mas eu pedia para ela sair", disse.

 

Além de presenciar as mortes, a menina também era obrigada a participar do "processo de purificação" e comia, junto com a família, a carne das vítimas. “Isabel disse que cozinhava a carne e todos comiam, inclusive a criança. Ela – a criança – inclusive foi quem nos mostrou onde os corpos eram enterrados”, disse o delegado Wesley Fernando, responsável pelo inquérito.


 

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