Tipo novo
Neste ano, já houve dois casos do tipo 4 da doença, considerado o mais grave, em Palmeira dos Índios e Piaçabuçu. No entanto, não é possível afirmar se eles foram picados pelo mosquito Aedes aegypti em Alagoas, pois o paciente de Palmeira esteve em São Paulo e o outro em Sergipe, ou seja, estavam em deslocamento durante o período de incubação da doença, que é de 3 a 15 dias.
“Esse vírus é novo em vários estados do País. Acreditamos que já deva existir em alguns municípios daqui. O que deixa as autoridades preocupadas é que está todo mundo suscetível a ele. Os tipos 1 e 2, muitas pessoas já adoeceram e estão livres”, explica a coordenadora.
Combate
Com a finalidade de monitorar a presença do vírus no estado, foram adotadas as medidas pertinentes a essa situação como: busca ativa de casos, acompanhamento dos níveis de infestação predial, intensificação do combate ao vetor, além de educação em saúde, comunicação e mobilização social.
“Já estamos trabalhando permanentemente, independente dessa situação. Desde o começo do ano estamos intensificando e monitorando esses municípios utilizando diversas medidas. Não temos como impedir que ocorram os casos, mas podemos diminuir os números de epidemias e evitar que pessoas desenvolvam formas mais graves e morram”, disse ela acrescentando que a secretaria tem dado suporte necessário e trabalhado na capacitação dos médicos.
“Estamos dando suporte com cooperação técnica, envio de insumos, uniformes e proteção para os agentes entrarem nos domicílios; treinando médicos para que a doença seja tratada e montando esquema laboratorial em 20 municípios, com máquinas que realizam exames”.
Cleide Moreira recomenda que a população adote medidas diárias de fiscalização de suas próprias casas com cuidados que evitarão criadores do mosquito Aedes aegypti, o qual se reproduz em recipientes com água limpa, como por exemplo: vedar tampas de caixas d’água, tanques, tinas, poços e fossas; não deixar detritos em volta das residências para não acumular água da chuva; encher bordas de vasos com areia e guardar garrafas de cabeça para baixo.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica alerta que, ao sentir os sintomas, deve-se procurar uma unidade básica de saúde nas primeiras 24 horas. “Se estiver com febre, dor no corpo, dor de cabeça ou nos ossos, a gente recomenda que procure as unidades de saúde e que seja acompanhado diariamente pelo médico. Adoeceu, não fique em casa”.
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marcela oliveira