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25/03/2012 21:12:39

Chacina durante eleição em Mata Grande completou 62 anos

Chacina durante eleição em Mata Grande completou 62 anos
Mata Grande relembra chacina

A tragédia de 1950, como ficou conhecida a chacina no município de Mata Grande, começou na rua Gabino Besouro, uma das principais da cidade. Um bando de pistoleiros armados, a maioria contratado no interior de Pernambuco e na própria Polícia Militar de Alagoas, cercou a casa de Antonino Malta, presidente, na época, do Diretório Municipal da UDN (União Democrática Nacional). O saldo desse histórico crime de mando: quatro pessoas mortas.

 

O caso entrou para a história como a mais sangrenta chacina de cunho político registrada em Alagoas. Os primeiros tiros de fuzis foram disparados no momento em que os eleitores começavam a comparecer aos locais de votação em Mata Grande. Diversas pessoas ficaram sob o fogo cerrado durante a chacina, executada no dia seguinte ao da visita do governador Silvestre Péricles, do Partido Trabalhista Nacional (PTN). A cidade contava com a presença de homens das tropas federais, que, apesar dos insistentes pedidos de deslocamento feitos pela Justiça Eleitoral várias semanas antes, só chegaram ao local na madrugada da data do crime. Noticiou-se, na época, que até o único médico da cidade desapareceu, ficando os primeiros socorros às vítimas entregues a um farmacêutico.

 

Dentro da residência e próximo a ela estavam, além de Antonino Malta, amigos, correligionários e o senador reeleito Ismar de Góes Monteiro.

 

Familiares de Antonino também estavam no local, como o irmão dele, Eustáquio de Albuquerque Malta, presidente do diretório local do antigo PDS, e mais dois sobrinhos: João Ubaldo, de 18 anos, e Maria Sônia Malta, de 16. Além deles, também estava na residência Napoleão Henrique, empregado da família. Os quatro foram as vítimas fatais, morrendo na mesma hora.

 

Mais de dez pessoas chegaram a ser atingidas na “chuva de balas” que durou cerca de duas horas, segundo noticiou a imprensa na época. As reportagens tinham como base os relatos da principal testemunha da chacina, o senador Ismar de Góes Monteiro. Ele saiu do tiroteio com um ferimento nas nádegas.


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gazeta de alagoas