A morte do professor José da Luz Neiva, encontrado morto na manhã do sábado (10), no quarto 115, do Oásis Motel, localizado à Rua Manoel Afonso de Melo, no bairro Santa Lúcia, parte alta de Maceió, continua envolta de um grande mistério.
O delegado do 5º DP, Gilson Rêgo, que investiga o crime, recebeu um pedido da família da vítima para não informar detalhes à imprensa do que está sendo apurado.
Quando da descoberta do corpo se acreditou que a causa da morte seria um ataque fulminante, mas o laudo pré-liminar do Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima apontou que o professor foi vítima de asfixia mecânica.
José da Luz havia deixado o Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac) na sexta-feira (9) à noite. Ele era professor da disciplina de Administração da faculdade e seu desaparecimento intrigou os familiares que começaram a procurá-lo nas casas de parentes e amigos. Já era manhã do sábado quando a família decidiu procurar a Central de Polícia a fim de denunciar o desaparecimento de José da Luz. Foi na própria Central que os policiais informaram que havia uma pessoa com os mesmos traços físicos, morto, em um motel na Santa Lúcia, local onde o professor foi identificado pelos parentes.
Os funcionários do motel afirmaram que o professor chegou ao estabelecimento ainda na noite da sexta-feira acompanhado de um outro homem, que deixou o estabelecimento pela madrugada. A recepcionista do motel declarou à Polícia que pouco antes do acompanhante sair, ela recebeu uma ligação de alguém que se identificou como sendo a mesma pessoa que havia alugado o quarto, que seria o professor. Este homem disse que o acompanhante poderia sair e que às 6h lhe acordassem.
Conforme o pedido, uma das funcionárias tentou contato no horário programado e estranhou que, após chamar sucessivas vezes, não obteve resposta. Com a ajuda de outro funcionário do motel a porta do quarto foi aberta, encontrando a vítima morta em cima da cama.
Com exclusividade do EMERGENCIA190 teve acesso a um vídeo, feito com um aparelho celular, que mostra a cena do crime. Apesar da baixa qualidade da imagem se pode ver que o pescoço da vítima estava roxo, o que seria a comprovação de que José da Luz foi estrangulado até a morte.
As investigações tendem descobrir se o professor foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) ou homofobia.
O delegado do caso deve solicitar as fitas com as gravações das imagens do local de trabalho da vítima e o motel a fim de identificar o homem que esteve com José da Luz pela última vez.
Também está sendo procurado o taxista que foi apanhar o “acompanhante” do professor no motel. A Polícia também vai solicitar a quebra do sigilo telefônico do aparelho celular do professor, a fim de obter mais provas para esclarecer o caso.
Este é o segundo crime, em menos de um ano, que aterroriza funcionários e estudantes do Centro de Estudos Superiores de Maceió.
Em junho do ano passado a vítima foi a estudante Giovanna Andrade Tenório, 28, que cursava o 8º período do curso de Fisioterapia. Ela foi seqüestrada, torturada e estrangulada e teve o corpo encontrado dias depois de seu desaparecimento em uma estrada de barro, no meio de um canavial, no município de Rio Largo, interior de Alagoas. O crime, segundo conclusões da Polícia, teve origem passional. Todos os acusados foram identificados e presos, mas alguns deles, a exemplo do ex-namorado da vítima, o empresário Antônio de Pádua Bandeira , o “Toni Bandeira”, está solto por determinação da Justiça. LEIA AQUI
emergência190 //
wadson correia e gustavo oliveira