Cerca de 80 operários da construção civil residentes na cidade pernambucana de Quipapá, no Estado de Pernambuco, criaram um pequeno tumulto no inicio da tarde desta sexta feira (09) no acampamento da empreiteira Critério Engenharia com sede em Maceió, mas que mantém um canteiro de obras e um escritório na Fazenda ‘Aliança’ no distrito de Rocha Cavalcanti, a 12 quilômetros de União dos Palmares onde efetua a construção de casas populares do Projeto ‘Minha Casa, Minha Vida’.
Os trabalhadores disseram que o dinheiro era repassado a eles através da firma ‘Cesmontic’ cujo responsável seria o empreiteiro Cícero Cesário da Silva que morreu recentemente em um acidente de transito nas proximidades de Murici. ‘Com ele, disseram os trabalhadores, foram nosso dinheiro (cerca de 40 mil reais) e nossos documentos que desapareceram misteriosamente. Agora, a responsabilidade é da Critério, pois acreditamos que a Cesmontic seria uma empresa fantasma. Se não nos pagaremos hoje, vamos à Justiça do Trabalho’
Ainda – segundo os operários - para cada cesta básica cedida pela Critério com cerca de 20 quilos de viveres, era descontando CR$ 100,00 do salário de cada um, que recebiam salários pela produção, isto é, pelos trabalhos que efetuavam. Denunciaram também que antes da chegada da PM, os seguranças e funcionários da empresa dispararam várias vezes para o alto.
O engenheiro Ari Galvão responsável pela Critério Engenharia nos recebeu em sua gabinete e em parte confirmou a versão dos operários, acrescentando ainda que dos 40 mil reais que Cícero que era para o pagamento, foram recuperados R$ 13.000 mil que estavam sendo repassados aos trabalhadores hoje, os quais deverão ainda receber mais R$ 6.000 mil quando a firma localizar a esposa do empreiteiro falecido que mora na cidade de São José da Laje a qual estaria guardando mais 6 mil reais.
Dr. Ari contou que Cícero morreu para não ser alcançado por inimigos aos quais devia cerca de R$ 5 mil de material de construção. Também confirmou que os operários da firma Engemac (da qual Cícero era empreiteiro) estão em situação idêntica. ‘Vamos recuperar o gol do Cícero e o valor do automóvel servirá para complementar o pagamento dos operários. Todos irão receber, mas dentro de um critério de disponibilidade financeira’ disse o executivo.
antonio aragão //