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08/03/2012 11:52:57

Os poderes precisam das mulheres

Os poderes precisam das mulheres
Deputada Rosinha da ADEFAL

Buscar adjetivos para sinonimar as mulheres é uma aventura tortuosa e ingrata. Isso por que elas se encaixam em palavras que nem o maior neologista da litaratura brasileira, Guimarães Rosa, pode assim imaginar. Desde a ternura e singeleza inatas a sua natureza, elas são exemplos de luta, coragem e sucesso. Sexo frágil coisa nenhuma a cada obstáculo produzido pela vida, elas descobrem uma maneira de burlar as adversidades.

 

E para representar tais adjetivos, podemos citar duas mulheres que honram as saias que vestem e são referências a serem seguidas em suas carreiras profissionais.A vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Nelma Padilha - a primeira mulher a ser desembargadora em Alagoas; e a deputada federal Rosinha da Adefal (PTdoB) - respeitada em todo o país por sua luta pela acessibilidade -, fazem de sua trajetória profissional um esplendor que qualquer mulher pode alcançar, mas ciente, obviamente das adversidades que terão pela frente. Por exemplo, a mulher no Judiciário. Nelma Padilha destaca os avanços femininos no segmento.

 

“Temos que reconhecer a extraordinária ascensão das mulheres na carreira jurídica, numa demonstração ímpar da competência e dedicação com que o mundo jurídico vem enfrentando os desafios impostos, sempre em busca de uma sociedade melhor”, esclarece a desembargadora. 

Dismitificando tabus, Nelma Padilha afasta a presença de discriminação dentro do Judiciário. Para ela, “a verdade é uma só: a toga não tem sexo”. Ela confirma que jamais foi alvo de qualquer tipo de discriminação nas Comarcas onde atuou. “Sempre me senti respeitada e querida”. 

 

Tribunais e Câmara com mais mulheres

 

Do Judiciário para o Legislativo, a situação é um pouco diferente, que o diga a deputada federal Rosinha da Adefal. Mesmo com o direito do voto feminino conquistado há 80 anos, a representação política ainda é pequena. A atual bancada feminina na Câmara representa apenas 8,77% do total da Casa, com 45 deputadas.

 

No Senado, há 12 senadoras, de 81 lugares.Embora esteja inserida nessa realidade, a parlamentar vê uma mudança. “Ainda temos muito que conquistar. As mulheres estão cada dia mais participando da vida política o que vai credenciá-las a exercer esses cargos, pois o fato de ser mulher não pode ser o único requisito para se estar na vida política. É preciso dedicação, vocação e muito trabalho. Ainda não há uma maior participação também porque não há paridade no investimento para homens e mulheres. Precisamos da reforma política partidária para que isso aconteça”, define Rosinha.

 

Nutricionista alagoana na presidência da República

 

O debate é eterno e nós homens temos que reconhecer realmente que elas têm vantagem em certos aspectos da vida contemporânea. E ainda bem que sim, pois sem esse jeito de levar a vida, o que seria da sociedade em que vivemos. Além dos exemplos que já destacamos hoje, cito outro, quase desconhecido.

 

Quem cuida da nutrição da presidentae Dilma Rousseff (PT) é uma nutricionista alagoana, Pollyanna Patriota. A humildade e a competência a credenciaram para exercer função tão discreta no centro do Poder. Pollyanna gostaria de deixar o exemplo de uma “alagoana de origem humilde, que obteve reconhecimento profissional. “Que minha história possa servir de motivação para muitos jovens pobres que pensam em desistir de seus sonhos ou buscar caminhos ditos ‘mais faceis’”, diz Pollyanna.

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