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06/03/2012 08:23:50

Qual o próximo destino dos Motataxistas de União?

Qual o próximo destino dos Motataxistas de União?
'Ponto' antigo dos motataxistas

A Prefeitura Municipal de União dos Palmares através da Secretaria de Infra Estrutura construiu na parte frontal da Praça Antenor Uchôa no centro comercial da cidade um Ponto de Mototaxistas para substituir o atual localizado logo após uma curva na confluência das Ruas Tavares Bastos e XV de Novembro com a mesma praça a poucos metros do novo Ponto, sob o pretexto de ‘acomodar’ os transportadores em duas rodas das intempéries e do perigo que apresenta o atual local.

A ideia seria excelente se não houvessem esquecido um pequeno detalhe: as feiras livres nos dias de segundas, quartas, manhãs das quintas, sextas e sábados que circundam o novo abrigo e impedem o fluxo das motocicletas, o que obrigou os mototaxistas a voltar as suas origens, isto é, para o local anterior nos dias que as feiras não se realizam.

A mesma praça há algum foi modificada em uma de pistas laterais que foi transformada em mão dupla asfixiando o transito no local, e que  consumiu parte de uma calçada, deixando lojas, um banco e um supermercado ‘espremidos’ e os pedestres obrigados a pisar nos canteiros ou na pista de rolamento, tornando perigoso o acesso aos que se destinam a estes estabelecimentos.

O motivo das modificações mal planejadas é um só: a presença no local de parte da feira livre, uma das mais mal organizadas de todo interior de Alagoas e que é realizada em todo centro da cidade, inviabilizando o transito a três dos quatro estabelecimentos bancários, supermercados, igrejas Católica e Batista e aos museus Maria Mariá e Jorge de Lima.

A força dos feirantes

Como não existem indústrias que absorvam a mão de obra abundante no município, o comercio informal se tornou uma opção de sobrevivência para uma fatia da população, razão pela qual a feira outrora realizada duas vezes semanalmente (quartas e sábados) se estendeu por quase todos os dias da semana e desordenadamente, graças ao receio dos políticos em estabelecer regras para os ‘ambulantes’ (estimados em mais de 1.800 que com suas famílias chegam a um universos de mais de 4.000 pessoas, portanto decidem a eleição de um prefeito) que se instalam onde bem entendem e inviabilizam o fluxo de carros, motocicletas, pedestres e ambulâncias e tropas de policia se houver necessidade destas.

A cidade, criticada por todos pelo transito caótico (excesso de motocicletas e carros em sua maior parte conduzidos por menores ou inabilitados) e pela presença constante da feira que é reconhecida como um problema social, porém de fácil solução, de uma feita que parte dos feirantes opta pelo seu deslocamento para uma área onde exista infraestrutura para o exercício do comercio. A classe numerosa, entretanto, seduz os políticos e até mesmo alguns comerciantes (como donos de bares e lanchonetes) o que ‘obriga’ os gestores ‘para tudo continuar como está’.

Na realidade, o que o contribuinte palmarino assiste é um desperdício do dinheiro público e o desinteresse governamental em investir no bem estar da comunidade, mesmo porque já começam as especulações para a eleição de deste ano e os candidatos fogem de medidas antipopulares esquecendo os anseios da população.

É uma questão de cultura que na opinião de muitos somente seria resolvida se o gestor eleito este ano fosse uma pessoa descomprometida com grupos políticos e tivesse o dom do agradecimento à comunidade sofredora que o elegesse, com a retomada do crescimento ordenado do município, o que é uma situação extremamente difícil e rara de ocorrer nas atuais circunstâncias.

Em uma rápida entrevista com os mototaxistas, (dez no tal) estes confirmaram que estariam dispostos a mudança de local, desde que as bancas fossem definitivamente retiradas e eles pudessem trabalhar todos os dias da semana em seu novo ponto.

antonio aragão //

 

 


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