Segurança em União: Xadrezes já têm 17 presos e viatura da PC não tem condições de efetuar diligências

Parece que a cada dia surgem mais problemas na área da Segurança Pública em União dos Palmares. A editoria deste noticioso recebeu a informação na manhã desta quinta feira (01), após ser observada a presença de viaturas do TIGRE nas imediações da Delegacia Regional, que nos três xadrezes já existem de 17 detentos, cinco a mais do que o normal.

Há cerca de um mês e meio a população intrigada assistiu a uma série de acontecimentos referentes à superpopulação carcerária (31 presos) que seriam remanejados para os presídios de Maceió e que um dia após a transferência ser consumada, voltaram para União por problemas burocráticos, onde permaneceram por cerca de mais de uma semana até novamente tomar o destino do sistema carcerário da capital.

Os delitos, entretanto continuaram acontecendo em larga escala. Após a transferência já foram detidos mulheres, ladrões, menores, assaltantes, traficantes e assassinos. Com os novos presos cujos inquéritos estão em andamento, retornam os antigos problemas: agente de policia civil se torna agente penitenciário e não dormem à noite, além das visitas constantes que requerem pelo menos dois policiais na portaria do prédio, cujos policiais deveriam estar diligenciando. Não entram na nova estatística os responsáveis pelos sete assassinatos ocorridos durante o carnaval porque nenhum autor foi preso.

Mesmo sendo sua principal finalidade institucional apurar os crimes e delitos, a estrutura da Policia Civil de União dos Palmares não permite. Primeiro, por falta de pessoal; depois pelo fato da viatura deixada para as diligencias ser um carro Corsa branco (sem xadrez), cujo estado de conservação pode-se considerar obsoleto para o que se destinaria e com a obrigação de atender uma região que envolve seis municípios, os quais só dispõem de dois delegados que se revezam nos plantões mesmo sem condições materiais de apurar crimes e tomar conta de presos ao mesmo tempo.

Diante das circunstancias que se assomam a impunidade, um grupo de internautas integrantes da rede social “Facebook” – na sua maioria estudantes universitários – se reuniram em praça pública e iniciou um movimento pela paz na cidade, atitude que é louvável, mas que somente poderá atingir seu objetivo se o aparelho policial (incluindo-se a Policia Militar) receber a atenção necessária da Secretaria de Defesa Social desde as necessidades básicas até a interação com a sociedade.

antonio aragão //