Estudantes de escolas públicas, municipais, estaduais, do Instituto Federal e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) foram às ruas em protesto ao aumento das passagens de ônibus de R$ 2,10 para R$2,30.
Eles argumentam que com o aumento quem sofre são seus pais que precisam tirar mais de suas rendas para comprar o crédito estudantil, pela metade do preço, e muitas vezes pagar o valor inteiro. Os estudantes lutam ainda pela regulamentação do passe livre, que dá direito ao docente trafegar nos coletivos de graça enquanto estiverem em horários de aula.
Os representantes do Diretório Central Estudantil da UFAL ressaltam que não houve conversas com os estudantes e o aumento de R$ 2,10 para R$ 2,30 foi feito durante a “calada da noite”, em uma decisão liminar do desembargador Washington Luiz.
Os docentes gritavam palavras de ordem, a exemplo: “Aumento de passagem é coisa de ladrão”; exibiam faixas lembrando a precariedade dos ônibus que circulam em Maceió; além de exclamarem que o atual valor da passagem é o terceiro maior do Nordeste.
‘Decisão às escuras’
A decisão em caráter liminar do desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas repercutiu no meio acadêmico. Para os representantes do DCE UFAL, a população não foi consultada e houve apenas a intenção de “beneficiar os empresários de transporte público”.
“O desembargador deveria olhar para a sociedade e não tomar uma decisão como esta que só atende aos empresários. Se ele soubesse dos estados dos coletivos, de quanto custa cada real no bolso do trabalhador, ele não tomaria uma decisão como esta”, declarou Victor Farias, estudante de jornalismo.
A proposta dos estudantes é conseguir fazer com que os demais desembargadores cassem a liminar concedida por Washington Luiz.
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