O assassinato do pequeno Josué Silvestre, de cinco anos de idade, que comoveu a sociedade alagoana, pode estar prestes de ser solucionado. Há duas semanas só existiam informações concretas de que o garoto foi achado morto com sinais de apedrejamento e abuso sexual, em um terreno baldio situado no bairro do Clima Bom II.
Mas, ontem, o delegado do 11º Distrito Policial, Dalmo Lima Lopes, informou que recebeu denúncias anônimas, entre segunda e quinta-feira, que ressaltam a participação do servente de pedreiro Sidney Ferreira da Silva, de 22 anos, na ação criminosa. Ele é o pai de criação de Josué.
“As informações que recebi foram de que Josué foi visto pela última vez com o pai de criação. Essas mesmas informações chegaram ao Conselho Tutelar”, relatou.
Porém, o delegado nega ter provas concretas para pedir a prisão preventiva de Sidney, uma vez que as denúncias foram feitas sem fundamentação. “Analisamos algumas câmeras de vídeo e ainda não identificamos se ele estava presente na ação. Estamos trabalhando com calma, cremos que esse crime será elucidado. Aquele terreno é muito grande, tem várias possibilidades de poder entrar nele”, informou o delegado Dalmo Lima.
Após as novas denúncias, o servente chegou a ser ouvido pela segunda vez, mas reiterou que tratava Josué como um filho e não teria capacidade para tal ação. O delegado ressaltou que Sidney se sentia desconfortável cada vez que era indagado. “Ele ficava inquieto com as perguntas”, relata.
Além do servente, foram ouvidos a tia, o tio e a mãe de Josué, Joseana Ferreira da Silva. A mulher confessou ter sido agredida pelo atual esposo, na sexta-feira da semana passada. Nas declarações de Joseane, o homem havia ameaçado matá-la. “Ele negou tudo, mas obtivemos informações de que ele pretendia matá-la e ir embora trabalhar numa pedreira em Matriz do Camaragibe. O padrasto estava fazendo as malas”, reproduziu o delegado, ao informar que a briga teria sido motivada por problemas de relacionamento antigos do casal.
De acordo com o conselheiro tutelar da 7º Região, Fernando da Silva, a cunhada de Joseane comunicou que ela vinha sofrendo ameaças de um suposto ex-namorado, inclusive atentados. Mas a informação foi descartada pelo delegado. “O homem que teria se relacionado com a mãe do garoto estava em Palmeira dos Índios”, disse.
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daniel maia