Já se encontra na Delegacia Regional de União dos Palmares um lote de cem pulseiras de cor azul que servirão para identificar o cadáver cuja origem da morte for violenta (assassinato, colisão ou outro tipo de acidente) e que ainda em vida foi atendido na emergência do Hospital Regional São Vicente de Paulo o que dispensa o trabalho pericial do corpo no local da ocorrência e autoriza o IML a trasladar o cadáver para Maceió para a devida necropsia.
Relacionado às pulseiras vermelhas, estas somente podem ser usadas pelo Instituto de Criminalista (IC) quando o cadáver vier a óbito em via pública e for periciado tanto o local do crime quanto a vitima ou vitimas segundo informou um agente da Policia Civil lotado em União.
Não se sabe se por coincidência mas as pulseiras foram enviadas para União dos Palmares após um pedreiro ser assassinado a tiros no inicio da semana em via pública no período da manhã e até as 18:00 hs o corpo permanecer em uma das ‘pedras’ do Hospital local o que obrigou a família da vitima a recorrer ao Delegado Regional Dr. Antonio Nunes para que fosse autorizada a remoção do corpo para a necropsia em Maceió através de uma funerária.
Segundo dados coletados junto a imprensa em Maceió, a determinação governamental para o procedimento foi expedida desde o inicio de novembro de 2011, porém a maioria das delegacias do interior nem foram notificadas ou receberam as pulseiras, deixando desta forma os distritos ou delegacias regionais em posição incomoda quando ocorrem assassinatos ou desastres.
Como União dos Palmares e a Região da Mata alagoana não dispõem de um Instituto Médico Legal, em casos de mortes violentas é necessário que os delegados entrem em contato com o IC ou o IML em Maceió, que por sua vez ainda necessitam autorização de outro órgão para se locomover para as 100 cidades do interior (em Alagoas só existem dois IMLs sendo um em Arapiraca outro em Maceió). O problema se agrava porque existe carência de pessoal e viaturas, já tendo ocorrido registros de cadáveres que ficaram expostos em via pública por até 12 horas.
antonio aragão //