Após recuo da polícia, defesa de Ferro pedirá indenização

O advogado do deputado estadual Cícero Ferro (PMN), Welton Roberto, afirmou ao portal Gazetaweb, na manhã desta quinta-feira (12), que irá conversar com seu cliente, objetivando recorrer à Justiça contra a União - para pedir uma ação indenizatória - ao considerar “sem fundamento” a denúncia anônima informando acerca de um suposto plano – que teria sido orquestrado pelo então parlamentar – visando executar os deputados Dudu Holanda (PSD) e Maurício Tavares (PTB). Para Welton, o denunciante desejou criar um clima de animosidade entre os parlamentares.

Segundo a defesa, as Polícias Civil (PC) e Federal (PF) não têm como provar de quem e de onde surgiu a denúncia, pois, como declara, foi apenas “um trote”. “Eu falei com o delegado-geral, José Edson, ele está ciente do fato, e não se pode fazer mais nada porque não houve provas que consubstanciassem a denúncia. Portanto, pediremos um maior apoio da Justiça contra a União, já que o âmbito é federal, em virtude de a PF ter recebido o telefonema”, frisou.

Conforme salienta Welton Roberto, Cícero Ferro está sendo vítima de perseguições, “sem motivo algum”. “Quem ligou para a PF queria criar desconfianças entre o meu cliente e os dois deputados, mas a tentativa não surtiu o efeito desejado e, por isso, Ferro procurará seus direitos”, comenta, reportando-se ao alerta dado pelo deputado quanto à decisão de abdicar da suplência, caso o plano contenha provas concretas. De acordo com ele, tal promessa não deve ocorrer.

MPE

Assim como as polícias, o Ministério Público Estadual (MPE) eximiu-se do caso ao afirmar que não haverá investigações, visto que o procurador-geral, Eduardo Tavares, destacou “não haver consistência no plano”. “O MP recebe dezenas de denúncias diariamente e, se for investigar a demanda por completo, não dará conta.

Suposto plano

Descoberto pela Polícia Federal de Pernambuco, às vésperas do Réveillon, o suposto plano tinha como objetivo vitimar os deputados Dudu Holanda e Maurício Tavares, a mando de Cícero Ferro, cujas autorias materiais caberiam a um grupo de militares de Alagoas e Pernambuco, que utilizaria dois veículos para concretizar a ação criminosa.

Após o recebimento da denúncia anônima, a PF de Pernambuco entrou em contato com a Polícia Civil de Alagoas, a qual informou aos deputados, alvos do crime, em uma reunião realizada na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), situada no Farol, no último dia 30.

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