A atriz, escritora e cantora Anilda Leão morreu, aos 88 anos, na noite desta sexta-feira (6), em Maceió. De acordo com um funcionário, a alagoana estava internada no Hospital Arthur Ramos desde que caiu em casa e fraturou o fêmur, em novembro do ano passado.
Uma mulher que enfrentou as convenções vigentes nos anos 50, em plena Maceió provinciana, para viver um grande amor, é sempre desafiadora. Tanto que ela, aos 88 anos, e em pleno século 21, quando ainda reinam posturas conservadoras, continuou à frente de seu tempo. Com espírito livre, mas ao mesmo tempo uma mãe protetora. Anilda Leão Moliterno viveu intensamente até quando faleceu em decorrência de uma infecção generalizada.
Atriz, escritora, cantora e feminista, Anilda foi operada há três semanas, ela não resistiu a uma infecção e veio a falecer. Deixa dois filhos, dois netos e um bsineto.
Nascida em Maceió, no dia 15 de julho de 1923, filha de Joaquim de Barros Leão e Georgina de Barros Leão, Anilda cursou o primário no colégio Imaculada Conceição e iniciou o ginásio no Liceu Alagoano. Formou-se em Ciências Contábeis pela Escola Técnica Federal de Alagoas, na década de 40. Também estudou música, declamação, oratória, dicção, canto oral e lírico no então Conservatório Alagoano de Música.
Anilda era viúva do poeta Carlos Moliterno, com quem se casou em 1953. No início de sua cerrira como articulista (iniciada aos 13 anos), escrevia também sobre temas considerados tabus, como virgindade, homossexualismo e prostituição.
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