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Brasil
29/12/2011 16:18:00

Duas décadas após fraude, AGU recupera mais de 70 mi desviadosdo INSS por Jorgina

Duas décadas após fraude, AGU recupera mais de 70 mi desviadosdo INSS por Jorgina
Jorgina durante culto em presidio

As unidades do Rio de Janeiro e do Espírito Santo da Advocacia Geral da União (AGU) conseguiram recuperar, neste ano, mais de R$ 70 milhões em ouro, dólares e leilões de imóveis da fraudadora do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Jorgina de Freitas. O esquema de corrupção ocorreu em 1990.

 

Segundo nota da AGU, a dívida aproximada da quadrilha de Jorgina é de R$ 2 bilhões. Em setembro passado, os procuradores passaram para a União a administração de 44 imóveis sequestrados do advogado Ilson Escóssia, qualificado como o “maior advogado fraudador do INSS”.

 

De acordo com o procurador Regional Federal na 2ª Região, Marcos da Silva Couto, os imóveis foram locados para que o dinheiro seja devolvido para os órgãos lesados pela quadrilha.

- Nós cuidamos da locação desses imóveis e todo valor arrecadado, seja com a locação ou venda vai para o órgão que sofreu com a fraude.

 

Só de Escóssia foram recuperados cerca de R$ 35 milhões, com o leilão de 36 outros imóveis e de 522 kg de ouro. Segundo a AGU,ainda existem cerca de 300 imóveis da quadrilha a serem apregoados, que dependem de avaliação do Tribunal de Justiça do Rio.

 

Pena

 

A ex-advogada Jorgina de Freitas foi considerada a mentora e responsável por um rombo de R$ 310 milhões do INSS quando era procuradora do órgão no início dos anos 1990. Ela ficou 13 anos presa. Em 12 de junho de 2010, ela deixou o presídio Nelson Hungria, no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio.

 

Até a data da soltura de Jorgina, R$ 82 milhões dos R$ 310 desviados por ela e sua quadrilha  haviam retornado aos cofres públicos. Em 2003, foram leiloados 63 imóveis da advogada e muitos imóveis ainda aguardam o final das ações. O registro de Jorgina na OAB do Rio foi cassado em 2001.

 

A ex-advogada foi presa em 1997, ao ser  extraditada da Costa Rica, para onde fugiu. Jorgina havia sido condenada em 1992.

 

Desde 2007 a fraudadora vivia em regime semi-aberto, trabalhando e dormindo na unidade prisional. Quando esteve detida no presídio feminino Talavera Bruce, Jorgina coordenou o concurso Miss Presidiária.

 

gentedagente //

R7