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Polícia
28/12/2011 13:08:04

Operação descobre esquema de golpes aplicados em lojas

Operação descobre esquema de golpes aplicados em lojas
Material apreendido pela policia

A operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (28) pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) desbaratou um esquema criminoso que pode ter provocado prejuízo para vários comerciantes e lojistas de Maceió. Em uma pequena residência no povoado da Barra Nova, os policiais estouraram uma verdadeira "fábrica" de documentos falsos e de cartões de crédito, que eram usados para aplicar golpes em estabelecimentos comerciais.

 

Segundo os policiais do Bope, uma investigação do serviço reservado de inteligência levantou que os moradores da residência faziam parte de uma quadrilha especializada em aplicar golpes. A polícia conseguiu um mandado de busca e apreensão expedido pela 17ª vara Criminal e hoje constatou a ação criminosa.

 

Foram encontrados centenas de cartões de crédito, cédulas de identidade e carteiras de trabalho em branco, talões de cheques em branco, carimbos, pastas com consultas feitas junto à Receita Federal e um revólver calibre 38. Na casa, foi preso o jovem Cícero André Ribeiro da Silva, 21, que chegou a ser levado para a Central de Polícia, mas acabou sendo transferido para a Delegacia de Marechal Deodoro.

 

Os policiais do Bope não acreditam que apenas o rapaz esteja envolvido com os golpes porque nos documentos aparecem a fotografia de outras pessoas, com vários nomes diferentes.

 

O esquema

 

As investigações do Bope revelam que o golpe começava com a consulta do número do CPF de pessoas junto ao site da Receita. Com o indicativo de que ela estava com o nome "limpo". A quadrilha confeccionava um documento de identidade e um cartão de crédito para que fossem feitas compras no nome da vítima.

 

A ousadia do grupo era tanta que, em alguns, casos eram abertas contas-correntes em bancos para que talões de cheques fossem emitidos. "Era um bando muito organizado. Muitas vezes eles faziam carteiras de trabalho falsas e usavam os carimbos de empresas para dar empregos aos golpistas, podendo, assim, fazer cartões e ganhar crédito na praça", disse um dos militares que participou da operação.

 

Acompanhado de uma advogada e evitando falar com a imprensa, Cícero André se resumiu a dizer que não sabia nada sobre o material encontrado em sua casa.

 

A polícia trabalha agora para identificar as outras pessoas que aparecem nas fotografias com vários nomes. "Elas praticaram, ao menos, o crime de falsificação de documento", disse o militar

tudonahora //

sidney tenório