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30/11/2011 21:45:26

Motociclista assassinado em briga de trânsito é enterrado

Motociclista assassinado em briga de trânsito é enterrado
Lisiane no tumulo no marido assassinado

As duas alianças na mão esquerda revelam que a jovem parece não querer perder o vínculo. Lislayne Paiva da Costa, de 24 anos, demorou a deixar o túmulo onde o marido, Genival da Costa Ferreira, também de 24 anos, acabara de ser enterrado. Ele foi o motociclista assassinado na tarde de ontem (29), depois de uma briga de trânsito. A família da vítima diz que aguarda justiça e que vai recorrer à Defensoria Pública do Estado para conseguir indenização pela morte do jovem que deixou três filhos pequenos, um de 5, outro de 3 e o mais novo de apenas um ano de idade.

“Meu Deus é justo e sei que ele vai interceder por nós. Queremos que a justiça seja feita e que o assassino do meu marido seja preso. Ele tem que pagar pelo crime que cometeu. Sei que não vai trazê-lo de volta, mas, a prisão do homem que tirou a vida do pai dos meus filhos já vai deixar menos agonizado o meu coração”, disse Lislayne Paiva, ainda chorando sobre o corpo do companheiro sepultado.

“Eu perdi o meu o parceiro, o homem que, ao meu lado, batalhou durante sete anos para ter uma vida com um pouco de dignidade e que se virava como podia, fazendo todo tipo de bico, para trazer um pacote de leite para dentro de casa e alimentar as crianças. Ele era batalhador, não tinha medo de serviço e, apesar de todas as dificuldades que passávamos, tinha alegria em viver. Aliás, no dia em que lhe tiraram a vida, nós ainda comemorávamos a notícia de que ele começaria a trabalhar neste dia 01 e seria contratado por uma cervejaria para ser carregador” contou a dona de casa.

Família vai acionar a Defensoria Pública

Lislayne Paiva da Costa espera apenas se recuperar da perda de Genival da Costa Ferreira para acionar a Justiça contra o acusado de ser o assassino do seu marido. “Eu vou procurar a Defensoria Pública do Estado para que o órgão me oriente sobre o que fazer. Estávamos prestes a começar uma vida nova porque ele iria trabalhar e ter um salário fixo no final do mês. Já não suportávamos mais viver de favor, da ajuda dos irmãos da igreja (Assembleia de Deus). E, como o aquele homem não pode devolver a vida do meu amor, ele vai pagar sentindo no bolso o que é tirar a vida de alguém de bem”, afirmou ela.

“Se o meu marido tivesse provocado o acidente ou reagido aos socos que levou, o rapaz até poderia ter tido justificativa para a irritação. Mas não foi isso que aconteceu. Ele já desceu do carro parecendo que estava com o satanás no corpo, não estava no seu estado normal. Ele matou o Genival por maldade e isso eu não aceito de forma alguma”, declarou.

O caso

Genival da Costa Ferreira foi assassinado com seis tiros, na tarde do dia 29, na Avenida Leste-Oeste, no bairro do Feitosa, em Maceió. Ele conduzia uma moto Shineray e trazia a esposa na garupa, quando teria sido atingido por um Corsa verde, placas (NVJ-2189/AL).

Segundo Lislayne Paiva, o condutor do veículo já desceu do carro desferindo socos contra Genival que estava caído na pista. Em seguida, o motorista teria perguntando ‘como ficaria o prejuízo’. A vítima respondera que estaria começando a trabalhar no dia 01 e que o jovem deixasse o seu telefone de contato. O condutor não informou qualquer número de celular, teria feito a volta com o carro e, ao se aproximar novamente do motociclista, iniciara os disparos. Genival morreu antes de ser socorrido para o Hospital Geral do Estado.

O principal suspeito do crime é Arthur Fonseca Melo, de 21 anos. Ele já foi pronunciado em duas ações penais e é réu nos processos de homicídio cujas vítimas foram o flanelinha Wanderson Bezerra Félix e Juliano dos Santos Silva. Por conta dessas acusações, dois mandados de prisão preventiva foram expedidos contra Arthur pelo juiz Maurício Breda, titular da 7ª Vara Criminal da Capital. A última medida judicial foi expedida há dois dias, no último dia 28 e, na ordem de prisão, o magistrado determina que o mandado seja cumprido pela Polícia Federal.

 

 

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