Menina de 11 anos é estuprada no Forene; vizinho é acusado

Uma criança de 11 anos foi estuprada no último domingo (6), em um canavial do Conjunto Forene, no bairro Cidade Universitária. O estupro foi comprovado por exame de conjunção carnal realizado no IML de Maceió. O principal suspeito, segundo a vítima relatou à sua mãe, é um jovem da rua onde ela mora. O suspeito foi denunciado à Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente, mas se encontra em liberdade.

A criança e seus familiares estão amedrontados e procuraram o Tudo na Hora para cobrar que a Polícia Civil trate do caso com celeridade. Isso porque, segundo a mãe da vítima, depois que ela revelou ter sido estuprada e informou o nome do acusado, o clima na rua onde ambos moram ficou insustentável.

“Nós estamos com medo", disse a mãe da menina, que pédiu para não ser identificada. "A mãe dele [do jovem acusado] veio tirar satisfação conosco, nos culpando por termos feito a denúncia à polícia. Mas queremos que tudo seja investigado, porque minha filha não pode ser violentada duas vezes. Além de ter sido estuprada, ela está se sentindo ameaçada”.

O relato da vítima

Segundo relatou a vítima ao Tudo na Hora, ela estava na casa de uma prima brincando, quando foi chamada pelo acusado para ir à casa de uma tia dele. “Ele me chamou para ir de moto e fui porque ele era amigo dos meus irmãos. Mas ele foi pra um canavial e me abusou. Me deixou lá sozinha e disse que se eu contasse a alguém, ele ia me matar”, relatou a criança, chorando.

Depois do estupro, a criança voltou para casa sozinha e foi encontrada pelo padrasto, cujo nome não foi revelado. Ela estava sangrando, mas não contou o que havia ocorrido, pois estava em estado de choque. Apenas na última terça-feira (8) é que ela contou tudo a uma prima, que em seguida informou à mãe da vítima.

A partir daí, o Conselho Tutelar foi acionado e a menina foi encaminhada para a Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente. “Ela prestou depoimento, foi encaminhada para o IML, onde foi constatado o estupro e, posteriormente, para a Maternidade Escola Santa Mônica, onde recebeu uma medicação para não engravidar. Depois foi levada para o Hospital Escola Hélvio Auto, onde foi medicada para não contrair nenhuma doença sexualmente transmissível”, explicou o conselheiro tutelar Arildo Alves de Souza. Ele cobrou a decretação da prisão do acusado, que trabalha em uma empresa de laticínios, segundo informação do conselheiro tutelar e da mãe da vítima.

O que diz a PC

Procurada, a delegada Kássia Mabel, que responde interinamente pela Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente, informou que a vítima foi ouvida por um escrivão. A delegada informou que ainda não recebeu o inquérito para dar prosseguimento às investigações. “Sou a titular da Delegacia da Criança e do Adolescente e estou interinamente substituindo a companheira Bárbara Arraes  nesta outra delegacia. Como não colhi o depoimento, estou no aguardo que o material chegue a mim para que possa, havendo provas robustas contra o acusado, solicitar a sua prisão”, informou.

O Tudo na Hora esteve na Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente, mas os policiais plantonistas não souberam informar nada sobre o caso. Sem se identificar, um deles limitou-se a dizer que o depoimento havia sido colhido por outro escrivão e, portanto, apenas ele poderia responder pelo caso. “Não trabalhei na terça e portanto não posso dar detalhes dos depoimentos colhidos naquela data”, frisou.

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josenildo tôrres