Médico alagoano fala como viver normalmente com diabetes

A diabetes é uma síndrome metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. No dia 14 de novembro é comemorado o dia mundial do diabetes, em que são realizadas ações para prevenir e informar sobre a doença, que pode ocorrer tanto em crianças quanto em adultos.

O endocrinologista, Edson Perrote explica que os principais sintomas do diabetes são fome excessiva, náuseas, vontade freqüente de urinar, além de perda de peso, fraqueza, caimbra, desidratação, o que faz com que quem possui a doença beba muita água. Há casos em que ocorre dificuldades de cicatrização.

“O diagnóstico laboratorial a glicemia com a pessoa em jejum fica maior que 126 em duas dosagens. São sinais claros que contribuem para o diagnóstico. A diabetes mais comum é a tipo 2, que ocorre mais em adultos com idade acima de 35 anos, obesos e sedentários e é relacionada a hereditariedade. A tipo 1 é comum em crianças e jovens e tem características genéticas”, explicou.

Ele lembrou que os hábitos alimentares podem ajudar a evitar a diabetes tipo 2, destacando que a 1 é considerada auto-imune e independe dos hábitos de vida. “Há crianças que estão desenvolvendo hábitos sedentários. Isso faz com que desenvolvam a doença aos 20 e 35 anos”, ressaltou.

Segundo ele, estimativas apontam que 12% da população brasileira tem diabetes, destacando a importância de um tratamento adequado. “É preciso controlar a alimentação, não por meio de dieta, mas comendo alimentos saudáveis e nos horários certos. Quanto mais rápido o tratamento for iniciado, melhor”, destacou.

O médico disse ainda, que a aplicação da insulina é considerada um dos tratamentos mais eficazes para diabetes. “Aderir a esse tratamento não significa que os demais falharam. É uma afirmação errada, feita até por médicos. Há crianças que usam insulina desde que foram diagnosticadas e isso se estende a vida toda. A aplicação evoluiu e já usam caneta e bomba de infusão”, afirmou.

Adoçantes

Edson Perrote esclareceu que o açúcar não causa a diabetes e informou ainda, que os adoçantes acabam sendo utilizados para evitar o ganho de peso, que contribui para a doença. “Quando a pessoa é sedentária, o açúcar em grande quantidade contribui para a obesidade”, ressaltou ele, que também é diabético.

“Tenho 44 anos e fui diagnosticado aos cinco anos. Tenho uma vida normal, na medida do possível. O diabético pode ter uma vida tranquila, a doença não é o fim da vida”, afirmou.

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emanuelle oliveira