Na segunda-feira, dia 17 de novembro de 2025, a juíza Bruna Saback de Almeida Rosa determinou a detenção preventiva de Nádia Tamyres, profissional da saúde acusada de ter efetuado disparos fatais contra seu ex-companheiro, o cirurgião Alan Carlos de Lima Cavalcante.
A decisão veio logo após uma audiência de custódia, na qual o tribunal converteu a prisão em flagrante em uma prisão preventiva, garantindo a permanência da suspeita sob custódia da Justiça. Antes da sentença, o delegado Daniel Scaramello confirmou que a Polícia Civil rejeitou a alegação de legítima defesa apresentada pela médica.
Conforme o delegado, câmeras de segurança capturaram detalhes da sequência do crime, proporcionando uma análise detalhada do ocorrido. As imagens mostram Nádia saindo de seu carro, se aproximando do veículo de Alan e iniciando uma discussão rápida, que terminou com os disparos. Elas também indicam que a acusada saiu do automóvel já armada, apontando a arma contra o ex-marido, como destacado por Scaramello.
Após o conflito verbal, Nádia efetuou vários tiros, dificultando qualquer tentativa de defesa por parte da vítima, de acordo com o delegado. Durante o interrogatório, ela admitiu ser a autora dos disparos, justificando sua ação como uma reação à pressão por não cumprir uma medida protetiva emitida contra o ex-companheiro.
No ano anterior, ela havia registrado uma denúncia contra Alan por agressões psicológicas e estupro de vulnerável envolvendo sua filha, que na época tinha apenas dois anos de idade. A acusação ganhou ampla cobertura na mídia na ocasião.
A Polícia Civil concluiu que não houve legítima defesa na ação que culminou na morte do cirurgião. Fontes policiais também revelaram que Alan Cavalcante trabalhava em hospitais localizados em Arapiraca, Coruripe e Delmiro Gouveia.
Além disso, colegas de profissão relataram comportamentos considerados abusivos por parte dele, incluindo episódios de assédio. Veja também: - Perfil do médico morto e informações sobre sua trajetória profissional -