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Acidente
17/11/2025 00:00:00

Jovem com ausência de partes do cérebro completa duas décadas de vida surpreendendo prognósticos médicos

Superando expectativas, garota que nasceu com hidranencefalia celebra seu 20º aniversário, desafiando previsões clínicas de sobrevivência

 Jovem com ausência de partes do cérebro completa duas décadas de vida surpreendendo prognósticos médicos

Uma mulher que nasceu sem a totalidade do cérebro comemorou seu vigésimo aniversário neste início de mês, desafiando as estimativas médicas que indicavam que ela não viveria além dos quatro anos de idade. A celebração foi noticiada pelo jornal norte-americano The Mirror US. Originária de Omaha, Nebraska, Alex Simpson recebeu o diagnóstico de hidranencefalia aos dois meses de vida.

De acordo com relato familiar ao periódico, ela possuía apenas uma pequena porção do tecido cerebelar, equivalente à metade do tamanho de um dedo mindinho na região posterior do cérebro.

A jovem, que nasceu com a condição neurológica rara na qual os hemisférios cerebrais não se formam completamente, depende de cuidados constantes e de uma supervisão contínua. Segundo o irmão de 14 anos dela, S.J., a rotina de assistência envolve toda a família, que ajusta suas atividades diárias para atender às necessidades especiais de Alex, promovendo contatos físicos que fortalecem os laços.

A família acredita que o sucesso de Alex em superar as expectativas médicas decorre do ambiente amoroso e de apoio que proporcionaram a ela desde o nascimento.

O que é a hidranencefalia? De acordo com a Cleveland Clinic, a hidranencefalia é uma anomalia congênita que afeta o sistema nervoso central, na qual os hemisférios cerebrais — as duas metades principais do cérebro, incluindo a parte frontal — não se desenvolvem adequadamente. Apesar de alguns termos semelhantes, a condição difere da hidrocefalia, que envolve o acúmulo excessivo de líquido no interior do cérebro, aumentando a pressão intracraniana.

A doença pode surgir por alterações congênitas ou ser secundária a lesões ou outras patologias, às vezes coexistindo com a hidrocefalia. No caso da hidranencefalia, a formação cerebral ocorre de forma anormal durante o desenvolvimento fetal. Embora as causas permaneçam parcialmente desconhecidas, pesquisadores suspeitam que fatores genéticos ou a exposição a toxinas durante a gestação contribuam para o surgimento da condição.

Ela pode ser identificada através de ultrassonografia pré-natal ou exames de ressonância magnética. As manifestações clínicas incluem ausência de partes do cérebro, atraso no desenvolvimento, variações no tônus muscular, aumento ou diminuição do tamanho da cabeça, dificuldades na visão e audição, rigidez nos braços e pernas e problemas respiratórios. Infelizmente, a hidranencefalia não possui cura.

As intervenções médicas incluem cirurgias com implante de válvula de derivação para drenar o líquido excessivo, medicamentos anticonvulsivantes, além de fisioterapia e suporte nutricional.

Segundo dados da Cleveland Clinic, a maioria dos pacientes com essa condição tem um prognóstico negativo, com muitas crianças falecendo antes de nascer ou no primeiro ano de vida.