Agências de proteção ao consumidor, como a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), emitiram uma notificação às principais plataformas de comércio eletrônico, incluindo Amazon, Magazine Luiza, Mercado Livre e Shopee. A finalidade é que essas plataformas realizem uma inspeção imediata nos anúncios relacionados ao suplemento da marca Whey Gourmet.
Essa iniciativa busca diminuir os riscos aos consumidores e promover a suspensão das vendas até que a autenticidade e a qualidade dos produtos sejam devidamente confirmadas.
Além de ordenar o bloqueio das vendas, a Senacon requisitou esclarecimentos às lojas virtuais sobre seus procedimentos internos. A entidade quer compreender quais métodos de controle são adotados para garantir a origem legítima dos itens vendidos por vendedores terceiros, além de esclarecer as políticas de responsabilidade por produtos irregulares e como funcionam os processos de devolução e reembolso aos consumidores prejudicados.
Consumir suplementos sem a certificação adequada ou que não estejam em conformidade com as normas da Anvisa pode representar sérios riscos à saúde. De acordo com Edgard Filho, gerente de Garantia de Qualidade na Vitamedic, a principal ameaça reside na dúvida quanto à composição real do produto. "O consumidor pode estar ingeriando substâncias não autorizadas, com matérias-primas contaminadas ou até ingredientes não declarados na embalagem", alerta o especialista.
Ele acrescenta que, ocasionalmente, ingredientes não constam na lista de componentes, aumentando o potencial de riscos. "Essas irregularidades podem provocar reações adversas, intoxicações e problemas de saúde variados", observa Filho.
Casos mais graves incluem relatos de produtos contendo estimulantes, hormônios ou até substâncias controladas, que aparecem sem qualquer aviso na rotulagem. O uso dessas substâncias pode levar a reações adversas, intoxicações, complicações cardíacas e sobrecarga nos rins e fígado.
Para se proteger contra suplementos falsificados, o usuário deve atuar de forma proativa na fiscalização. Edgard Filho recomenda uma análise minuciosa na embalagem. "Antes de tudo, o consumidor deve conferir a autenticidade, verificando o nome do fabricante e a qualidade das informações presentes na embalagem", aconselha.
Outra estratégia mais confiável é realizar consultas online. "A verificação no site da Anvisa, na seção de alimentos, permite confirmar se a empresa e o produto estão devidamente registrados e autorizados pela agência", afirma o especialista. Essa etapa assegura que o item cumpra os requisitos de segurança e qualidade, aumentando a confiança de que o suplemento é original e regularizado.
Para reforçar a proteção, é importante que o consumidor fique atento a sinais de alerta adicionais, tais como:
Adotar essas recomendações ajuda a evitar produtos ilegais e oferece maior segurança na sua rotina de consumo de suplementos alimentares.