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Alagoas
16/11/2025 03:00:00

Alagoas registra a menor remuneração média do Brasil, aponta IBGE

Aumento no número de empresas no estado contrasta com redução salarial, revela levantamento nacional

Alagoas registra a menor remuneração média do Brasil, aponta IBGE

De acordo com dados recentes do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), o número de organizações e unidades presentes em Alagoas atingiu 85.715 em 2023, representando um crescimento de 6,6% em comparação ao ano anterior, quando eram 80.404.

Essas informações foram divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira (13). No final do mesmo ano, as unidades locais empregavam 699.579 indivíduos no estado, dos quais 606.160 (86,6%) eram trabalhadores com carteira assinada, refletindo um aumento de 8,1% em relação a 2022, quando o total de assalariados era de 560.616.

Apesar do crescimento na força de trabalho, o salário médio mensal pago em Alagoas apresentou uma redução, passando de R$ 2.743,72 para R$ 2.637,58. Esse é o valor mais baixo registrado entre todas as unidades federativas do país. Para análise de valores reais, o valor de 2022 foi atualizado pela inflação. O Distrito Federal liderou a lista de remuneração média, com R$ 5.888,77.

Em âmbito nacional, o número de empresas e organizações formais atingiu a marca de 10 milhões em 2023, indicando uma expansão de 6,3% em relação ao ano anterior. Essas instituições empregaram cerca de 66 milhões de pessoas até o final de dezembro, das quais 52,6 milhões (79,8%) recebiam salários.

A média salarial no Brasil foi de R$ 3.745,45, um aumento de 2% em comparação a 2022. Ressalta-se que, neste levantamento, o termo “empresa” refere-se ao CNPJ principal, que representa toda a estrutura produtiva, enquanto “unidade local” refere-se ao estabelecimento onde a atividade ocorre, podendo uma mesma organização possuir múltiplas unidades dispersas por diferentes municípios. Assim, os dados de unidades locais melhor refletem a realidade de geração de emprego e renda em Alagoas.

No estado, das 85.715 unidades locais, o setor de comércio predominava, com 29,7 mil estabelecimentos, sendo 22,6 mil apenas no segmento varejista. Outros setores com presença significativa incluem serviços diversos (8,3 mil), atividades administrativas e profissionais, além de alojamento e alimentação, com 4,9 mil unidades. A indústria de transformação contava com 3,7 mil empresas, enquanto saúde e educação somaram, respectivamente, 4,5 mil e 4,6 mil unidades locais, evidenciando a importância dos setores público e privado na prestação de serviços relacionados ao bem-estar e formação da população.

O CEMPRE reúne informações cadastrais e econômicas de organizações registradas no Brasil, inscritas na Receita Federal, e suas unidades locais. A atualização anual desse banco de dados ocorre com base em informações do IBGE, da Receita Federal do Brasil e do Ministério do Trabalho e Emprego.

A publicação atual apresenta dados sobre o total de empresas e organizações ativas, o número de empregados, remunerações, salários médios de 2023 e distribuição por atividade econômica, classificação CNAE 2.0, natureza jurídica, porte e localização geográfica.

Além disso, detalha a participação do pessoal assalariado por sexo e nível de escolaridade, disponibilizando todas essas informações na plataforma de notícias do IBGE.