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Saúde
15/11/2025 12:00:00

Impacto do Nível de Glicose Sanguínea na Saúde Íntima Masculina e Feminina

Especialistas explicam como o consumo excessivo de açúcar influencia hormônios, circulação e bem-estar sexual

Impacto do Nível de Glicose Sanguínea na Saúde Íntima Masculina e Feminina

Muitos associam o açúcar ao prazer momentâneo de doces, mas seu impacto na vida íntima vai além do sabor. Quando consumido em excesso, esse nutriente pode afetar significativamente fatores como circulação sanguínea, níveis hormonais e energia vital.

Segundo o Dr. Jamin Brahmbhatt, da CNN, desequilíbrios relacionados ao açúcar no sangue podem interferir na saúde sexual de homens e mulheres. Problemas como estresse, alimentação inadequada e transtornos emocionais também contribuem para a deterioração do desempenho sexual.

Em 2025, o uso de medicamentos como os injetáveis de GLP-1, incluindo Ozempic e Mounjaro, se popularizou para controle glicêmico e perda de peso. Esses tratamentos, além de benefícios como melhora nos índices de açúcar sanguíneo e redução de peso, têm ajudado a aprimorar a qualidade do sono e, por consequência, a vida sexual. Para entender melhor, é importante falar sobre os níveis considerados normais de glicose no sangue.

Esses valores podem ser facilmente monitorados através de testes de ponta de dedo ou dispositivos como monitores contínuos de glicose, que proporcionam uma leitura ao longo do dia. A faixa de referência da Associação Americana de Diabetes (ADA) indica que: - Glicemia em jejum: menos de 100 mg/dL é considerado normal; de 100 a 125 mg/dL indica pré-diabetes; e 126 mg/dL ou mais confirma diabetes. - Glicose aleatória: valores iguais ou superiores a 200 mg/dL, acompanhados de sintomas, sugerem diagnóstico de diabetes.

Além do teste de glicose, a hemoglobina A1c oferece uma avaliação do controle da glicose nos últimos dois a três meses. A classificação da ADA aponta que: - A1c abaixo de 5,7% é considerado saudável; - Entre 5,7% e 6,4% indica pré-diabetes; - 6,5% ou superior confirma diabetes.

O controle adequado do açúcar sanguíneo é fundamental também para pacientes que se preparam para cirurgias, pois níveis elevados podem comprometer a recuperação, aumentar o risco de infecções e complicações.

Na esfera sexual, o açúcar alto pode prejudicar os nervos e vasos sanguíneos essenciais para a obtenção e manutenção da ereção, levando à disfunção erétil, às vezes antes mesmo de um diagnóstico de diabetes. Além disso, o excesso de glicose pode reduzir a produção de testosterona, resultando em menor desejo e energia sexual.

Mulheres também enfrentam dificuldades relacionadas ao excesso de açúcar, como diminuição do fluxo sanguíneo, alterações hormonais, secura vaginal, dor durante o sexo e problemas para atingir o orgasmo. Infeções urinárias recorrentes podem surgir, tornando as atividades íntimas desconfortáveis ou dolorosas.

O tratamento do desequilíbrio glicêmico inclui tanto medicamentos tradicionais quanto as novas abordagens com agonistas de receptores de GLP-1.

No Brasil, mais de 16 milhões de pessoas vivem com diabetes, uma doença muitas vezes silenciosa, que afeta quase um quarto da população, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. Medicamentos orais como a metformina continuam sendo utilizados inicialmente, reduzindo a produção de glicose pelo fígado e aumentando a sensibilidade à insulina.

Quando esses não são suficientes, as injeções de insulina tornam-se necessárias, embora exijam atenção rigorosa à dosagem e ao momento de aplicação, além do risco de hipoglicemia.

Nos últimos anos, os medicamentos que imitam o hormônio natural GLP-1 ganharam destaque. Nomeados semaglutida, liraglutida e tirzepatida, esses remédios estimulam a sensação de saciedade, desaceleram a digestão e ajudam na perda de peso. Interessantemente, estudos recentes sugerem que controlar melhor os níveis de açúcar pode elevar os níveis de testosterona em homens com obesidade ou diabetes tipo 2. Pesquisa apresentada na conferência da Endocrine Society revelou que, ao longo de 18 meses, homens tratados com GLP-1 e que perderam cerca de 10% do peso tiveram aumento na proporção de indivíduos com testosterona normal, de 53% para 77%, indicando uma possível melhora hormonal. Antes de partir para medicamentos, é aconselhável priorizar mudanças no estilo de vida.

Exercícios físicos regulares melhoram a sensibilidade à insulina, auxiliam na perda de peso e podem até elevar a energia e melhorar a saúde sexual, ao promover melhor circulação sanguínea e equilíbrio hormonal. Uma alimentação balanceada, reduzindo alimentos processados e incluindo fibras e proteínas magras, também ajuda a estabilizar a glicose e combater inflamações.

Manter uma rotina de sono adequada, evitar o consumo excessivo de álcool e gerenciar o estresse são estratégias eficazes para melhorar os níveis de açúcar no sangue e a saúde como um todo. Caso esteja indeciso entre iniciar uma medicação ou adotar mudanças de hábitos, lembre-se de que o impacto a longo prazo pode ser maior do que se imagina, estendendo-se à sua autoestima, vitalidade e vida sexual.