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Mundo
15/10/2025 06:00:00

Washington suspende vistos de brasileiros por celebração à morte de ativista conservador

Departamento de Estado dos EUA afirma que o país não tolera homenagens à violência contra seus cidadãos

Washington suspende vistos de brasileiros por celebração à morte de ativista conservador

Na última terça-feira (14), o governo norte-americano confirmou que um cidadão brasileiro está entre os indivíduos cujo visto foi cancelado após postar mensagens de apoio à morte de Charlie Kirk, um ativista de extrema direita. Kirk foi alvejado e veio a falecer em 10 de setembro, aos 31 anos, durante um evento universitário em Utah.

Através de sua conta na plataforma X (antigo Twitter), o Departamento de Estado dos EUA explicou que o país não tem a obrigação de acolher estrangeiros que desejam a morte de americanos. Além disso, a agência está investigando outros indivíduos internacionais que comemoraram a morte de Kirk na internet.

Como exemplos, o órgão citou cidadãos de países como Argentina, África do Sul, México, Alemanha, Paraguai e Brasil, que tiveram seus vistos suspensos ou revogados.

Segundo o comunicado, um brasileiro alegou que Charlie Kirk inspirou uma homenagem de cunho nazista e que sua morte ocorreu tarde demais, levando à revogação do visto. O nome do brasileiro em questão não foi divulgado oficialmente.

Contudo, há suspeitas de que a referência seja ao comediante Tiago Santinelli, que admitiu ter seu visto americano cancelado no início de outubro. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Santinelli afirmou ter recebido um e-mail da Embaixada dos EUA notificando sobre a decisão. Em 16 de setembro, Santinelli, conhecido por suas críticas à extrema direita, publicou um tweet relacionado à morte de Kirk.

Na mensagem, ele utilizou as mesmas palavras que o Departamento de Estado posteriormente reproduziu em seu comunicado. Outro brasileiro envolvido nesta situação foi o médico Ricardo Barbosa, que também teve seu visto suspenso após fazer um comentário no Instagram.

Na publicação, ele escreveu: "um salve a este companheiro de mira impecável". O vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, classificou essa declaração como uma das mais perturbadoras até então, criticando duramente o conteúdo.