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Acidente
13/10/2025 05:35:00

Primeiro passo para a troca de reféns entre Hamas e Israel ocorre em Gaza

Cerca de 20 pessoas libertadas até o momento, incluindo grupos entregues à Cruz Vermelha

Primeiro passo para a troca de reféns entre Hamas e Israel ocorre em Gaza

Na manhã desta segunda-feira, o movimento palestino Hamas iniciou a liberação de alguns dos reféns que mantém sob sua custódia, marcando o começo de um acordo preliminar com Israel. Este procedimento faz parte de uma estratégia coordenada pelos Estados Unidos para reduzir o conflito na faixa de Gaza.

Segundo informações das Forças de Defesa de Israel (FDI), o primeiro grupo, composto por sete civis, foi transferido para a custódia das autoridades israelenses, após sua libertação realizada pelo Hamas. Essa ação ocorreu após uma operação que começou após o ataque armado do Hamas, ocorrido em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e no sequestro de 251 civis.

Relatos indicam que um segundo grupo de 13 reféns foi entregue à Cruz Vermelha no sul de Gaza, e está atualmente a caminho de Israel. Assim, o número total de civis libertados neste processo chega a 20, se a confirmação das informações for confirmada. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que os reféns estão sendo levados para suas instalações, enquanto aguardam a chegada de outros civis que também serão transferidos posteriormente para a Cruz Vermelha.

Essa troca de reféns está inserida em um plano elaborado pelos Estados Unidos e envolve a libertação de 250 prisioneiros palestinos e a libertação de mais de 1.7 mil detidos por Israel. O avanço na liberação dos civis é visto como um passo importante para aliviar a tensão na região após dois anos de conflito, que deixou mais de 60 mil mortos, incluindo muitas crianças e mulheres, além de ser classificado por organizações internacionais como um episódio de genocídio.

Familiares dos reféns comemoraram a libertação, destacando que após 738 dias de cativeiro, seus entes queridos voltaram para casa. Entre eles estão Omri Miran, Matan Angrest, Ziv Berman, Gali Berman, Guy Gilboa-Dalal, Alon Ohel e Eitan Mor, que receberam o abraço de suas famílias, que lutaram arduamente por sua libertação.

Em uma mensagem de esperança, eles afirmaram que a batalha não acabou até que todos os reféns sejam localizados e recebam um funeral digno, reforçando o compromisso moral de Israel de recuperar todos os seus cidadãos desaparecidos.

Como símbolo dessa esperança, uma nota manuscrita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e sua esposa, Sara, foi entregue aos reféns libertados, com a mensagem: "Em nome de todo o povo de Israel, bem-vindos de volta!". O kit entregue a eles também inclui roupas, um computador portátil, um telefone celular e um tablet.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou ao Aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, nesta segunda-feira. Diversas figuras importantes participaram de sua recepção, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e sua esposa, além do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, Jared Kushner e sua esposa, assim como Ivanka Trump. Trump planeja discursar no parlamento de Jerusalém antes de seguir para uma cúpula de paz no Egito, onde cerca de vinte líderes mundiais estarão presentes.

Durante sua visita, Trump manifestou interesse em visitar Gaza, declarando à imprensa que se sentiria orgulhoso em fazê-lo, embora admita que conhece a região sem ter estado lá fisicamente, expressando o desejo de colocar os pés no território.

Paralelamente, o Reino Unido anunciou uma assistência humanitária para Gaza. O primeiro-ministro Keir Starmer chegou a Sharm el-Sheikh, no Egito, onde acontecerá uma cúpula de líderes mundiais voltada para o fim da guerra na região. Durante sua estadia, ele comprometeu-se a oferecer um pacote de ajuda de 20 milhões de libras (cerca de R$ 147 milhões), destinado a fornecer recursos essenciais de água, saneamento e higiene às populações de Gaza.

Esse apoio faz parte de um programa mais amplo de assistência de 116 milhões de libras (aproximadamente R$ 856 milhões) destinados ao povo palestino neste ano. Starmer ressaltou que o Reino Unido apoiará a próxima fase das negociações, buscando assegurar a implementação de um plano de paz que permita às comunidades reconstruírem suas vidas com segurança e proteção.