Dados recentes revelam que o mieloma múltiplo, uma neoplasia que atinge as células plasmáticas na medula óssea responsáveis pela produção de imunoglobulinas, apresenta uma tendência de aumento global, especialmente em nações com recursos limitados.
Essa condição, considerada o segundo tipo mais frequente de câncer no sangue, tem provocado alerta entre especialistas devido às altas taxas de mortalidade associadas ao diagnóstico tardio. Segundo previsões internacionais, a incidência anual de novos casos deve ultrapassar 300 mil até o ano de 2045, indicando uma escalada preocupante.
O crescimento silencioso dessa enfermidade evidencia a urgência de ampliar o acesso a exames de diagnóstico e tratamentos especializados, sobretudo em regiões menos desenvolvidas. Teodoro Muñiz, chefe de Hematologia na Pfizer México, destaca a importância de melhorar o acesso a procedimentos diagnósticos e terapêuticos:
"O principal desafio é garantir que pacientes recebam diagnóstico e cuidado de qualidade no momento adequado. Sem avanços nesse aspecto, o progresso silencioso do mieloma múltiplo continuará levando vidas que poderiam ser preservadas com intervenção oportuna e especializada". No cenário global, o aumento de casos reforça a necessidade de estratégias de saúde pública que promovam a detecção precoce e o tratamento adequado, especialmente em países com menor infraestrutura de saúde, onde o impacto do diagnóstico tardio é mais severo.