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Acidente
09/10/2025 10:00:00

Sinais de exaustão emocional: como detectar e prevenir o esgotamento mental

Especialistas destacam a importância de hábitos saudáveis para evitar o esgotamento profundo

Sinais de exaustão emocional: como detectar e prevenir o esgotamento mental

O termo 'Burnout' refere-se a um estado de fadiga extrema que afeta o aspecto físico, psicológico e emocional, frequentemente resultado de estresse prolongado. De acordo com Hannah Nearney, médica psiquiatra e responsável pela liderança clínica na Flow Neuroscience, no Reino Unido, essa condição representa um colapso em que indivíduos se sentem exaustos, emocionalmente desconectados, desmotivados e incapazes de desempenhar suas funções diárias.

Pessoas com neurodivergências, como autismo, TDAH, dislexia e outras alterações neurológicas, estão mais suscetíveis a desenvolver esse quadro. Nearney explica que esses indivíduos enfrentam uma pressão contínua ao tentarem esconder suas dificuldades cognitivas, tornando-os mais vulneráveis a episódios frequentes de sobrecarga e fadiga mental.

De acordo com especialistas ouvidos pelo jornal The Independent, identificar os sinais de burnout é fundamental. Entre os sintomas mais comuns estão fadiga constante, irritabilidade, insônia, variações de humor e perda de motivação. Penny Weston, especialista em bem-estar, ressalta que embora cada pessoa possa experimentar o burnout de maneiras diferentes, a perda de entusiasmo pelas atividades e a queda na produtividade são indicativos frequentes.

Durante os meses mais frios, com menor incidência de luz solar e alterações hormonais, o risco de agravamento do problema aumenta. Nearney recomenda: "Reconhecer os sinais e ser honesto consigo mesmo e com pessoas próximas é o primeiro passo para procurar auxílio".

Sintomas físicos também revelam o desgaste, como dores de estômago, lesões cutâneas e imunidade reduzida, que podem piorar com hábitos alimentares e de sono inadequados. A nutricionista Cara Shaw alerta que práticas alimentares restritivas, jejuns longos e o consumo excessivo de açúcar ou alimentos ultraprocessados elevam os níveis de cortisol e intensificam o cansaço e a ansiedade.

Alimentos como vegetais, grãos integrais, frutas cítricas, carnes magras, peixes e oleaginosas contribuem para o combate ao esgotamento. Shaw recomenda uma dieta nutritiva, equilibrada e variada para melhorar o bem-estar.

Outra estratégia crucial é a prática regular de exercícios físicos. Edwina Jenner, fisioterapeuta e treinadora de saúde, reforça que é importante evitar metas inatingíveis. Mesmo sessões curtas de atividade física ou caminhadas ao ar livre podem ajudar a diminuir o estresse e promover uma melhora no humor.

Adotar técnicas como meditação, intervalos periódicos durante o dia e garantir uma boa noite de sono também são essenciais para manter o equilíbrio mental e físico. Becky Spelman, psicóloga, enfatiza que pausas curtas diárias e períodos de descanso são indispensáveis para recarregar as energias emocionais e preservar o bem-estar.