07/10/2025 22:35:00

Violência
07/10/2025 21:00:00

Jovem de 22 anos tem prisão preventiva confirmada após homicídio de mãe em Arapiraca

Suspeita também teria feito ameaças contra familiares e desejava ficar com bens da família, segundo investigação

Jovem de 22 anos tem prisão preventiva confirmada após homicídio de mãe em Arapiraca

Na cidade de Arapiraca, a Polícia Civil, através da 4ª Delegacia Regional, anunciou nesta terça-feira (7) que a jovem de 22 anos, acusada de assassinar sua própria mãe, Jane Maristela de Oliveira, de 50 anos, no dia 5 de agosto de 2025, no bairro Jardim Esperança, teve sua detenção temporária transformada em prisão preventiva.

A decisão ocorreu após uma solicitação do delegado Edberg Sobral de Oliveira ao Poder Judiciário, por meio da 5ª Vara Criminal de Arapiraca. A acusada responde por homicídio triplicamente qualificado, com uso de fogo. As investigações foram conduzidas pela equipe do 53º Distrito Policial da cidade.

A sentença de prisão preventiva foi emitida ao final das apurações, que apontaram indícios sólidos de autoria e reforçaram a necessidade de preservar a ordem pública. Segundo o documento, a periculosidade da autora justifica a medida, sendo ela descrita como "supostamente violenta, dissimulada e fria".

Durante a apuração, depoimentos reforçaram o risco à segurança de familiares próximos. Uma testemunha revelou que a jovem confessou o crime, alegando que "Jesus a orientou a colocar a própria mãe no fogo". O documento também revela que ela planejava eliminar tanto a tia quanto a avó materna — uma idosa — que eram irmã e mãe da vítima, respectivamente. O motivo do homicídio estaria relacionado à recusa da vítima em fornecer dinheiro, além do desejo da suspeita de usufruir do benefício previdenciário que a idosa recebia do INSS.

O juiz responsável destacou o perigo de fuga, já que a suspeita não possui residência fixa, uma vez que sua casa foi destruída pelo fogo, e ela não é bem-vista pela família, o que aumenta a possibilidade de ela tentar evitar a culpa ou sofrer retaliações. A decisão foi assinada pelo juíz Dr. Alberto de Almeida, da 5ª Vara Criminal de Arapiraca. Conforme informações do delegado Edberg Sobral de Oliveira, a jovem permanece presa desde o início das investigações, inicialmente por força de uma prisão temporária, que agora foi convertida em preventiva.

Ela permanece encarcerada no Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió. Caso seja condenada, a acusada pode receber uma pena superior a 30 anos de reclusão, em virtude das agravantes, circunstâncias qualificadoras e causas de aumento relacionadas ao homicídio consumado contra sua própria mãe.