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Acidente
04/10/2025 00:00:00

Setor manufatureiro registra expansão de 0,8% em agosto após meses de declínio

Apesar do avanço recente, indústria mantém crescimento gradual ao longo do ano, acumulando aumento de 0,9% de janeiro a agosto e 1,6% em um período de doze meses

Setor manufatureiro registra expansão de 0,8% em agosto após meses de declínio

O ramo industrial brasileiro apresentou uma melhora de 0,8% em agosto em comparação a julho, rompendo uma sequência de quedas iniciada em abril, quando o setor acumulou retração de 1,2%.

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (3/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), a produção também sofreu uma ligeira diminuição de 0,7% ao ser comparada ao mesmo mês de 2024. Ao todo, 16 das 25 atividades analisadas tiveram crescimento neste mês, destacando-se os segmentos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos com uma alta de 13,4%, além de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, que cresceram 1,8%, e alimentos, com avanço de 1,3%.

A recuperação foi impulsionada principalmente pelos setores de indústria farmacêutica, que consolidou seu quarto mês consecutivo de avanços, acumulando uma expansão de 28,6% no período. Além disso, os segmentos de derivados de petróleo, biocombustíveis e alimentos também apresentaram crescimento por dois meses consecutivos, com aumentos de 2,7% e 2,4%, respectivamente.

Segundo André Macedo, gerente responsável pela pesquisa, esse é o maior avanço do setor desde março. Ele destacou que a base de comparação depreciada e um perfil de taxas positivas contribuíram para o resultado, com três das quatro principais categorias econômicas e 16 atividades industriais mostrando progresso na produção.

Por outro lado, nove atividades tiveram desempenho negativo em agosto, sendo o maior impacto causado pelo setor químico, que registrou uma diminuição de 1,6%, interrompendo uma sequência de três meses de alta e retornando parcialmente ao crescimento de 2,4% acumulado anteriormente.

Outras áreas que tiveram queda incluem máquinas e equipamentos, produtos de madeira, artigos de couro, itens para viagens, calçados e as indústrias extrativas. Essas retrações contribuíram para o balanço negativo do mês. No acumulado de janeiro a agosto de 2025, a indústria brasileira cresceu 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em um horizonte de 12 meses, a alta foi de 1,6%, indicando uma recuperação moderada, marcada por oscilações entre períodos de expansão e retração, o que revela dificuldades do setor em manter um ritmo de crescimento sustentado.