Na manhã de sexta-feira, 3 de novembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma advertência firme ao grupo palestino Hamas, determinando que eles devem aprovar uma proposta de resolução para Gaza até as 18 horas de domingo, no horário de Washington.
Se essa data for ignorada, Trump alertou que poderá ocorrer uma onda de violência sem igual até então. Desde a última segunda-feira, dia 29 de setembro, o mandatário aguarda uma manifestação oficial do Hamas acerca de um plano de 20 itens, que também foi apresentado ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Casa Branca.
Durante uma coletiva conjunta, Trump afirmou que Israel apoiou a iniciativa, que busca acabar com o conflito, libertar reféns e iniciar obras de reconstrução na região palestina. Até o momento, o grupo islâmico permanece em silêncio, embora o presidente americano tenha demonstrado a sua impaciência nas redes sociais nesta sexta-feira.
Ele destacou que o documento tem reconhecimento internacional e destacou sua relevância para todos os envolvidos na questão. “Vamos estabelecer a paz no Oriente Médio, de uma forma ou de outra”, declarou Trump.
“O fim da violência, do sangue e do sofrimento está próximo. Libertem os reféns, incluindo os corpos dos mortos, imediatamente!”. O presidente reiterou o prazo final para a aceitação: “Um acordo deve ser alcançado até domingo às 18h, horário de Washington, D.C.”
Todos os países apoiaram essa tentativa de resolução. Caso essa última chance seja desperdiçada, uma crise extrema será desencadeada contra o Hamas. A paz será conquistada, de uma forma ou de outra, na região”, afirmou. Além disso, Trump solicitou que civis palestinos inocentes deixem as áreas de Gaza sob bloqueio israelense em direção a locais mais seguros, garantindo assistência humanitária por parte de organizações especializadas.
“Eles terão uma última oportunidade!”, declarou. A Casa Branca também divulgou detalhes do plano americano para solucionar o conflito na Gaza, apresentado inicialmente na segunda-feira, dia 29.
A proposta sugere a criação de um governo internacional temporário, denominado “Conselho da Paz”, liderado por Trump e outros chefes de Estado, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair. A proposta prevê que o controle de Gaza seja posteriormente transferido para a Autoridade Palestina.
O documento contempla um cessar-fogo duradouro e a libertação de todos os reféns, vivos ou mortos, atualmente sob poder do Hamas. Em troca, Israel soltará prisioneiros palestinos e devolverá os corpos de indivíduos de Gaza.
Além disso, o projeto garante que Gaza não será anexada por Israel, e que o Hamas não integrará o governo da região. Os membros do grupo que entregarem armas ou se renderem receberão anistia. Por fim, o plano prevê retirada progressiva das forças israelenses de Gaza e a desmilitarização do território, com o objetivo de estabelecer uma paz estável na área.