Morre em São Paulo advogado renomado, cofundador do grupo Prerrogativas

Na manhã desta quinta-feira, 2 de novembro, a cidade de São Paulo foi surpreendida com a descoberta do falecimento do advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco, de 51 anos.

A informação foi oficialmente confirmada pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), que emitiu uma nota de pesar pela perda. Reconhecido por seu papel no processo do Mensalão, Pacheco tinha como destaque a defesa do então deputado federal José Genoino (PT-SP).

Além de sua atuação na política criminal, ele foi um dos fundadores do Grupo Prerrogativas, uma coalizão de juristas com forte ligação ao PT. Leonardo Sica, presidente da OAB-SP, destacou a trajetória do advogado, ressaltando seus trinta anos de carreira. "Ele presidiu a comissão de prerrogativas da OAB-SP e sempre lutou com determinação pelo direito de defesa, pelos direitos humanos e pelas prerrogativas dos cidadãos.

Seus esforços foram de uma dedicação admirável, algo que poucos conseguem alcançar," afirmou Sica a um jornal. Pacheco também atuou como conselheiro tanto na OAB-SP quanto no Conselho Federal da Ordem.

Além dessas funções, integrava o Conselho do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD). Nos últimos anos, ele vinha exercendo suas atividades profissionais no escritório Luiz Fernando Pacheco Advogados, localizado no bairro do Itaim Bibi, na zona sul da capital paulista.

A entidade máxima da advocacia manifestou seu respeito e admiração pelo profissional, destacando que sua atuação foi marcada por uma postura firme e corajosa na defesa de direitos tanto da categoria quanto da sociedade como um todo, independentemente de eventuais obstáculos judiciais ou decisões adversas de tribunais superiores. De acordo com Sica, o desaparecimento do advogado foi notificado à OAB na noite do dia 1º de novembro, após a ausência de resposta às ligações e mensagens enviadas.

A entidade declarou luto oficial por três dias, além de acompanhar de perto as investigações. Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, também expressou pesar pela perda. "Luiz Fernando era um dos membros mais ativos do grupo, um advogado combativo, solidário e generoso.

Ele vivia um momento pessoal de felicidade, tornando sua partida ainda mais difícil de aceitar. Essa é uma perda irreparável," afirmou. Carvalho confirmou ainda que a organização planeja homenagens ao colega e continuará apoiando as investigações para esclarecer as circunstâncias de sua morte.