A importância da inteligência artificial para a segurança bancária, afirma líder da Febraban

Em um discurso durante a Brasília Summit, promovido pelo Lide e pelo Correio Braziliense, Isaac Sidney, chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ressaltou que a inteligência artificial (IA) deixou de ser uma tendência emergente para se consolidar como elemento essencial na estrutura do mercado financeiro.

Ele afirmou que as recentes ações do Banco Central têm contribuído para reforçar os níveis de segurança e integridade no setor bancário. Sidney comentou que a tecnologia vem se consolidando como uma "revolução silenciosa", transformando-se em uma ferramenta de grande impacto e força irresistível para as instituições financeiras. Ele destacou que a IA impulsiona a competitividade, estimula a entrada de novos concorrentes e amplia o acesso da população brasileira aos serviços financeiros, sendo um motor de inovação e evolução no setor.

Apesar de enfatizar o potencial de inovação proporcionado pela inteligência artificial, o líder da Febraban alertou que avanços tecnológicos devem sempre caminhar lado a lado com medidas de proteção à segurança e à integridade dos sistemas. Ele reforçou que não há espaço para inovação sem a devida atenção na prevenção de fraudes, golpes e ataques cibernéticos. Sidney também revelou que a Febraban vem colaborando intensamente com órgãos de fiscalização, como o Ministério Público, a Receita Federal e a Polícia Federal, para combater crimes financeiros, especialmente aqueles que envolvem lavagem de dinheiro e movimentações ilegais de recursos. Segundo ele, recursos ilícitos são inaceitáveis, sobretudo em instituições que atuam de forma responsável para o desenvolvimento econômico do país.

Ele destacou ainda os esforços recentes do Banco Central para elevar os padrões de segurança e integridade no setor bancário, reforçando a necessidade de controles mais rigorosos na entrada e permanência de instituições financeiras no Brasil. Para Sidney, é o momento de uma limpeza no sistema financeiro; as entidades sérias permanecem, enquanto as que não atendem aos requisitos são excluídas.

Outro ponto de atenção mencionado por Sidney foi a eliminação de brechas utilizadas pelo crime organizado, como as chamadas "contas laranja" e "contas frias", que são frequentemente alugadas para operações ilegais. Para ele, a permanência desses instrumentos no mercado é inadmissível e deve ser combatida com rigor, a fim de proteger a integridade do sistema financeiro nacional.